A segunda geração do Scirocco foi produzida a partir de 1981 na fábrica da Karmann, com desenho a cargo de Herbert Schäfer. Estava equipado com diversos motores, todos a gasolina e de quatro cilindros, com cilindradas compreendidas entre os 1,3L e os 1,8L, e potências dos 60cv até aos 140cv.
Com base nesta geração, a Volkswagen Motorsport criou um protótipo com uma disposição mecânica diferente, que estava a ser desenvolvida por diversas entidades, e que consistia na adopção de dois motores, um na frente e outro na traseira. Esta disposição foi bastante utilizada em provas de Rallycross, mas nunca passou para a produção de automóveis de estrada.
Após o desenvolvimento do Twin-Jet, a Volkswagen Motorsport apresenta então o Scirocco Bi-motor 360/4, com a produção do protótipo totalmente funcional a ocorrer em 1983. Estava equipado com dois motores de quatro cilindros em linha e 1,8L de cilindrada, modificados para produzir 180cv cada, ou seja, 360cv no total. Os motores estavam acoplados a caixas de cinco velocidades manuais, que enviavam a potência para as quatro rodas. A designação do nome provém da potência e das quatro rodas motrizes.
Com estas prestações, o Scirocco poderia atingir os 100km/h em 4,6 segundos e chegar aos 290km/h de velocidades máxima, números bastante impressionantes para a época. Os dois motores poderiam trabalhar individualmente, uma vez que havia uma chave de ignição para cada um deles.
A carroçaria original do Scirocco GTI que lhe serviu de base foi totalmente modificada, para acomodar os dois motores e sistemas de transmissão e admissão de ar. Foi pintado de azul escuro e viu serem-lhe aplicadas jantes Centra Type 6 de 15”. No interior foram colocadas duas backets e o depósito de combustível foi montado imediatamente atrás destas. Para o incremento da rigidez e segurança foi ainda montada uma rollcage.O protótipo foi registado para circular na via pública, mas era essencialmente um projecto para o Grupo B de ralis, numa altura em que os vários construtores estavam a desenvolver automóveis únicos para esta categoria.
Infelizmente, o projecto não viria a luz do dia, nem mesmo com a produção de um segundo protótipo, o Scirocco 260/4, focado para estrada. A culpa poderá ter sido da extinção do Grupo B e da produção demasiado cara e complexa. A boa noticia é que o único protótipo construído sobreviveu e pode ser hoje observado na colecção da Volkswagen Museum.