O já ex-presidente dos Estados Unidos da América terá aproveitado as suas últimas horas na Casa Branca para conceder uma longa lista de perdões, tendo inclusivamente indultado Anthony Levandowski, o antigo engenheiro da Google acusado de roubar informação e propriedade intelectual a favor da Uber. Em agosto, foi condenado a indemnizar a empresa lesada em 179 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros), além de uma pena de 18 meses de prisão, que não chegou a cumprir, primeiro beneficiando do adiamento devido à pandemia da Covid-19 e, agora, por decisão de Trump. “Levandowski pagou um preço significativo por suas ações e deseja dedicar o seu talento a trabalhar para bem do público”, considerou. A decisão contou com o apoio público de outros notáveis da indústria tecnológica como Peter Thiel, o cofundador da PayPal, ou Palmer Luckey, um dos criadores da Oculus.
Anthony Levandowski chegou a responder por 33 crimes de roubo de segredos industriais, pelos acontecimentos que remontam ao ano de 2016. O ex-Google alegadamente, transferiu cerca de 14 mil documentos com informações confidenciais sobre todos os projetos que liderava, incluindo detalhes do desenvolvimento do sistema de condução autónoma.
Segundo a agência Reuters, Levandowski terá utilizado todo este material para criar um projeto seu. Levandowski saiu da Google para fundar a Otto, companhia especializada no desenvolvimento de sistemas para veículos pesados, levando consigo uma equipa de reputados engenheiros da Google… e muitos segredos. A jovem empresa foi adquirida pela Uber pouco tempo depois, com Levandowski como responsável pela unidade de automóveis autónomos da empresa norte-americana de transportes. Em 2017, Uber e Levandowski eram chamados a tribunal.
