Em declarações ao Motor24, a associação afirma acreditar que “isto irá impulsionar as marcas a criar soluções neste patamar de valor, forçando a descida do custo de aquisição de muitos modelos”.
A UVE sublinha que “o volume de vendas do veículo elétrico para particulares não está nos veículos de 50 ou mais de 60.000€, temos de concentrar apoios onde efetivamente podem criar a diferença e o impulso para a mudança”.
Por outro lado, a associação é crítica quanto ao montante do apoio. “A redução do teto deveria ter sido acompanhada pelo aumento do valor do incentivo”. Ao manter-se “nos 4.000€ (ainda para mais confirmando-se a necessidade da viatura para abate), consideramos que não cumpre os mínimos necessários para as necessidades da transição energética, que temos de concretizar com urgência.
“Na nossa opinião – diz a UVE – este valor deveria ter aumentado para os 6.000€”.Os utilizadores de veículos elétricos receiam que a inclusão da necessidade de se entregar um veículo para abate para se obter o incentivo à compra “não seja uma tentativa de juntar dois programas num só, com uma clara redução da despesa orçamentada para 2024”.
A associação lembra que o Orçamento de Estado em vigor inclui um programa de129 milhões de euros de apoio ao abate de veículos anteriores a 2007 e sua substituição por veículos de emissões reduzidas.
“O apoio à aquisição de veículos novos de emissões nulas, para particulares, deve ser um incentivo separado do apoio para a renovação do parque automóvel, onde este último, deve até, incluir a possibilidade de substituição por um veículo usado de emissões nulas”.
Por último, a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) salienta que “o aumento da dotação total do programa, passando dos anteriores 10 milhões de euros para 20 milhões, pouco representa, caso se confirmem a existência de novas exigências para acesso ao apoio, mas aguardamos pelos detalhes do futuro aviso para uma melhor definição”.
