Marco Bucci, Presidente da Câmara de Génova, reafirmou a intenção de proibir a circulação de veículos Euro2 no centro histórica daquela cidade italiana. Medida proposta num documento que os jornais já apelidaram de “Manifesto Anti-Vespa”, por abranger também o icónico motociclo elevado ao estatuto de imagem de marca da capital da região de Ligúria, no noroeste de Itália.
Apesar da polémica instalada, Bucci não volta atrás na decisão de publicar a referida portaria, já a partir de novembro. “Não é uma guerra contra a scooter da Piaggio, mas um primeiro passo para uma Génova do Futuro”, afirmou o político.
Marco Bucci revelou ainda que o município dispõe agora de uma verba de meio milhão de euros, para distribuir em incentivos no valor de 400 euros por todos os proprietários que mostrem interesse em trocar os seus veículos de duas rodas antigos por modernas bicicletas ou scooters elétricas. E acrescentou que esta proposta de proibição da circulação, a todos os veículos cumpridores apenas das normas antipoluição Euro2, prevê regime de exceção que também abrange veículos de duas rodas, desde que reúnam as características necessárias para receberem a certificação como veículo clássico. “Mais uma vez: não queremos banir nenhuma Vespa”, sublinhou Bucci.
Ainda assim, a medida não impediu que os protestos subissem de tom nos últimos dias, tanto mais que as velhinhas Vespas são um símbolo icónico da cidade. Foi, precisamente, em Génova, num subúrbio industrial de Sestri Ponente, que Rinaldo Piaggio fundou a marca, em 1884.
