O modelo de rede partilhada foi há duas décadas pioneiro em Portugal, mas caiu em declínio. A BUGA vai voltar, mas a sua utilização será agora paga.

Em 2000, quando o uso da bicicleta servia unicamente para os momentos lazer ou para a prática de ciclismo, as BUGAS entraram na cidade de Aveiro e inauguraram um novo modelo transporte partilhado de utilização gratuita. O projeto, implementado pelo então presidente da câmara, Alberto Souto, foi pioneiro em Portugal, mas com o passar dos anos, entrou em declínio até ficar praticamente extinto. Agora, o atual executivo, liderado por Ribau Esteves, prepara-se para lançar a segunda geração de BUGAS.

 

O concurso público internacional, aprovado pela autarquia, prevê um investimento de 600 mil euros para instalar a rede de bicicletas BUGA 2. De acordo com o site da Câmara Municipal de Aveiro, a empresa que ganhar a adjudicação do sistema vai garantir o fornecimento de 204 bicicletas, a instalação de 20 estações com 308 docas / lugares para bicicletas, assim como o sistema integrado e inteligente de gestão dos veículos de mobilidade suave.

 

A sua utilização, contudo, será paga e o sistema será complementando com as velhas e originais BUGAS, que se vão manter “em jeito de memorial ativo” e de uso gratuito, explica a nota da autarquia. O projeto, integrado no PEDUCA – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro -, é também uma parte essencial do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Aveiro, que inclui os transportes públicos rodoviários e marítimos, o Terminal Rodoviário de Aveiro, a rede de ciclovias e circuitos pedonais, além da oferta ferroviária.

 

O sistema BUGA – Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro – arrancou em abril de 2000 com 350 bicicletas e cerca de 30 locais de estacionamento. Por ter sido um modelo inovador em Portugal ganhou rapidamente um reconhecimento a nível nacional, promovendo a imagem da cidade como “amiga” da bicicleta.

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