Com um euro por dia, os habitantes de Viena podem viajar em qualquer transporte público. Esse é o modelo que permite aos utentes comprar um passe anual por 365 euros. E esse é também o modelo que já levou metade da população desta cidade a utilizar diariamente o metro, o elétrico, o comboio ou o autocarro para circular no centro e na área metropolitana. Introduzido em maio 2012 na capital da Áustria, o sistema pode agora chegar também a Berlim na Alemanha.
“Passo a passo, quero alcançar o objetivo de introduzir um bilhete anual de transporte público de 365 euros”, contou ao The Guardian o presidente da Câmara Municipal de Berlim, explicando que o preço de um passe anual é atualmente de 761 euros. Ao reduzir o custo, Michael Müller diz esperar que a circulação de carros particulares, sobretudo no centro da cidade, venha a diminuir “significativamente”.
O que se pretende, aliás, é que a medida tenha o mesmo efeito que na cidade de Viena, onde o uso de transporte público disparou para 822 mil utentes, correspondendo a uma subida de 38%. A percentagem em Berlim é de 27%, em Munique de 23% e em Hamburgo de 18%.
Em Berlim, estima-se que o plano tenha um custo anual adicional de cerca de 100 milhões de euros, segundo o jornal Tagesspiegel. Mas a aplicação do modelo de Viena tem outros desafios que precisam ser ultrapassados. A redução de preços provoca um acréscimo de utilizadores e essa procura terá de ser sempre acompanhada com um investimento nas infraestruturas e serviços.
O passe de Viena é válido em todos os meios de transporte público e pode ser adquirido em qualquer dia do ano. O bilhete anual pode também ser incorporado num aplicativo móvel e ser exibido através do telemóvel, dispensando assim o cartão de plástico.
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