A EDP aderiu ao pacto, assinado esta semana, pela organização internacional WBCSD.  Promover a descarbonização e incentivar mudanças faz parte do acordo.

 

Lisboa é a cidade pioneira a promover o primeiro  Pacto de Mobilidade Empresarial,  através do qual as empresas subscritoras  se comprometem a identificar e promover soluções de mobilidade e sustentabilidade urbana, que podem passar, por exemplo, por oferecer aos trabalhadores créditos para usar meios de transporte partilhado.

Uma das  primeiras  organizações que subscreveu  este pacto é a EDP.  O compromisso foi formalizado na  semana passada com a Câmara Municipal de Lisboa e vários grupos empresariais durante o encontro global da WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) que decorreu na capital portuguesa .

Sob o mote “catalisar a liderança empresarial para transformar a mobilidade nas cidades”, o pacto pretende agregar empresas e outras instituições, incluindo autarquias, com o objetivo de melhorar e transformar ativamente a mobilidade de uma cidade.

Embora Lisboa seja a primeira cidade a lançar a iniciativa,  é previsível que o projeto se estenda a outras cidades. As entidades que aderirem ao CMP serão coordenadas pelo WBCSD, assumindo compromissos por forma a catalisar ações que tornem a mobilidade na cidade mais sustentável.

“A EDP está totalmente alinhada com as orientações definidas no Pacto da Mobilidade Empresarial, uma vez que já as incorporou há muito na sua própria estratégia de mobilidade e sustentabilidade”, disse fonte da empresa.  “A EDP Comercial tem liderado a aposta em Portugal em mobilidade elétrica, sendo operadora de postos de carregamento da rede pública MOBI.E, lentos e rápidos, e tendo desenvolvido soluções de carregamento para espaços privados, quer para as famílias, quer para as empresas”, refere a elétrica em comunicado.

O Pacto de Mobilidade Empresarial prevê várias medidas que passam por usar a liderança empresarial para promover e executar soluções de mobilidade urbana sustentável – soluções que devem contribuir para reduzir emissões e os níveis de poluição, promover uma maior eficiência económica e ambiental, ao mesmo tempo que devem contribuir para melhorar a experiência urbana de quem vive e visita as cidades.

Estas medidas visam atingir quatro objetivos, conforme descritos no pacto agora assinado. Em primeiro lugar, cumprir metas ambientais, contribuindo para reduzir as emissões de CO2 (pelo menos 50% de redução em 2030 em comparação com os níveis de 1990) e o nível de poluentes, ao mesmo tempo que se melhora a qualidade do ar. Em segundo, tornar as cidades mais inclusivas, desenvolvendo planos de mobilidade que garantam soluções de mobilidade sustentáveis e acessíveis a todos os colaboradores das empresas aderentes ao pacto.

O terceiro objetivo visa a eficiência, através da promoção de parcerias, incentivos e plataformas digitais que permitam, por exemplo, que todos tenham tempos de viagem casa-trabalho mais curtos, com maior conforto e menos despesa. E, por fim, a segurança, através da promoção de comportamentos mais responsáveis, alinhados com políticas públicas e com o objetivo de “zero mortos”.

O pacto define ainda três pilares estratégicos da mobilidade. Otimizar e descarbonizar as operações e as frotas das empresas que subscrevem o compromisso; promover a integração e a conectividade multimodal coletiva, aumentando a mobilidade partilhada e ativa para reduzir o congestionamento e promover a descarbonização dos transportes; fomentar o crescimento da cultura de transporte multimodal coletivo e inclusivo.

As entidades subscritoras irão reunir, pelo menos, duas vezes por ano para alinhar elementos da estratégia e definir um conjunto de ações para um determinado período de tempo – cada um destes “ciclos de ação” deverá durar cerca de seis meses.

Entre as várias ações que podem ser desenvolvidas pelas empresas no âmbito deste pacto estão já previstas inúmeras medidas – por exemplo, promover veículos elétricos em frotas empresariais, aumentar o número de carregadores em parques públicos, privilegiar os carros elétricos em estacionamentos mais limitados, incentivar reuniões à distância, oferecer aos trabalhadores créditos de mobilidade partilhada (para bicicletas, scooters e outros meios), agravar custos de estacionamento para veículos que não sejam elétricos ou de uso partilhado ou oferecer passe de transportes públicos, entre muitas outras.

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