GP da Bélgica: Force India passa a ter outro nome mas pontos desaparecem

23/08/2018

Parece que tudo está resolvido e a Force India vai disputar o GP da Bélgica depois de Renault, McLaren e Williams, terem revisto a sua posição e terem dado o acordo para a equipa surgir com o nome Racing Point Force India F1 Team.

Quer isto dizer que depois do episodio da falência que salvou a equipa – em caso de venda normal, os 13 bancos indianos iriam pedir o dinheiro devido por Vijay Mallya e Subrata Roy e ai o preço seria impossível! – passou-se pelo episódio da compra da equipa pelo sindicato de investidores liderado por Lawrence Stroll, depois do administrador judicial ter escolhido o canadiano entre as cinco propostas apresentadas.

Porem, obstáculos de última hora impediram que a venda fosse concretizada e, por isso, Lawrence Stroll comprou todo o recheio da Force India (carros, camiões, fábrica, ferramentas, escritórios, funcionários) e, sabe-se agora, também os direitos de distribuição de fundos da FOM. Quer isto dizer que a Force India existe com estrutura acionista, mas vazia de conteúdo. Ou seja, Vijay Mallya e Michiel Mol são, para já, os donos da Force India – até porque o administrador judicial ainda nação completou o processo – mas não têm como exercer a função da empresa, competir na Fórmula 1.

Só assim foi possível contornar algumas questões e, sobretudo, manter a equipa dentro da distribuição de dinheiro no final da temporada. O último obstáculo foi o acordo de todas as equipas à mudança de nome sem que a equipa tivesse de começar do zero e perder todo o dinheiro já ganho. Isso seria demasiado caro até para Lawrence Stroll, pelo visto.

A verdade é que as equipas aceitaram, depois da FIA e da Liberty terem feito uma proposta que agradou a todas as partes. O acordo é o seguinte: os 59 pontos marcados pela Force India até agora, são apagados e a equipa começa do zero e terá de tentar ultrapassar a Williams, a Sauber e a Toro Rosso até ao final da temporada para recuperar o seu lugar. Ou seja, terá nove provas para isso. O lugar que ocupar no final da temporada, determinará qual o valor a receber. Os 33 milhões de dólares já recebidos da primeira parte da temporada não serão devolvidos. Na essência, é uma nova licença a meio da temporada.

O acordo esteve durante várias horas em suspenso, mas os esforços de Chase Carey e de Sean Bratches, conseguiram convencer todas as equipas a assinarem o documento que permite á Racing Point Force India participar no GP da Bélgica.

A partir daqui, teremos em já em Monza novas duplas de pilotos e já estão confirmadas trocas. Assim, na Racing Point Force India teremos Sergio Perez e Lance Stroll, na Williams estará Sergey Sirotkin e… Robert Kubica. Lawrence Stroll irá cumprir com as suas obrigações com a Williams até ao final do ano, sendo substituído em 2019 por Dmitry Mazepin, o presidente da Ukrali, empresa química russa, que colocará na equipa o seu filho, Nikita Mazepin, até agora piloto de testes da Force India.

Recordamos que Dmitry Mazapin tentou comprar a Force India e levantou algumas questões sobre a lisura de processos na aquisição da equipa por Lawrence Stroll, mas terá encontrado forma de ser compensado ao entrar para o lugar do canadiano e levando, assim, o seu filho para a Williams.

Bom e então o que sucederá com Esteban Ocon? A solução para o francês será o lugar de Stoffel Vandoorne que poderá ficar apeado já em Monza, fazendo Ocon dupla com Alonso em 2018 e com Carlos Sainz Jr. em 2019, pagando a Mercedes este empréstimo à McLaren do jovem francês que terá de esperar a saída de Bottas da equipa principal para ascender ao lugar ao lado de Hamilton. E a Renault terá um piloto francês para comunicar… Quanto a Vandoorne, será indemnizado do seu contrato e tentar encontrar outra via para a sua carreira.

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