Sébastien Ogier vence Rali da Córsega

08/04/2018

3-1! Quatro ralis, um de neve/gelo/asfalto, outro de (muita) neve, um de terra e agora o primeiro só de asfalto. Três vitórias para Sébastien Ogier e uma para Thierry Neuville com o francês da M-Sport a dominar por completo o Rali da Córsega, abrindo uma margem grande desde o primeiro troço, que controlou a partir do primeiro troço do segundo dia, gerindo a seu bel prazer uma prova em que não teve adversários às altura. Sem o mínimo problema ou susto, venceu com (demasiada) facilidade, e voltou a destacar-se no campeonato. 43ª vitória: “Foi um bom fim de semana, estou muito feliz com o ritmo, foi um fim de semana longo, mas são boas notícias, o carro é mais rápido que no ano passado. Diverti-me, e sinto-me cada vez melhor com o carro”, disse. com este resultado, aumenta a liderança no campeonato para 17 pontos.

Sébastien Loeb era um dos destaque desta prova, mas depois de ter ficado afastado da luta pelo triunfo no México na sequência de um furo, desta feita deitou tudo a perder quando se despistou logo no início da PE2, fruto dos pneus ainda frios, ficando desde logo afastado da luta pela vitória. Regressou no segundo dia, venceu troços, mas passou somente a divertir-se ao invés de competir. Quando lhe perguntaram no final do rali se seria capaz de se bater com os seus adversários caso não tivesse saído de estrada respondeu que não sabia, mas percebeu-se claramente ter ritmo. Nunca iremos saber se poderia acompanhar Ogier, mas desconfiamos seriamente se houvesse alguém, na Córsega, era ele. Foi pena!

Grande prova realizou Ott Tanak. Apesar de um mau começo, afinal era a sua primeira vez com o Toyota Yaris WRC em asfalto, foi aprendendo e evoluindo, fez alterações a meio do primeiro dia, e no dia seguinte já ganhava troços, passando de quarto para segundo. Só não se conseguiu aproximar-se de Ogier, pois quanto aos resto dos adversários diretos ganhou tempo a todos, reservando para si o segundo lugar. Ao vencer o troço de 55 Km, confirmou o segundo lugar: “Não me posso queixar muito desta prova pois a Córsega sempre foi o meu mais fraco evento e por isso o segundo lugar não é nada mau. Gostei, mas foi difícil, nunca pude forçar ao máximo, fui consistente forcei só em alguns troços, mas para meu primeiro rali de asfalto com a Toyota foi bom”, disse no final.

Thierry Neuville foi terceiro, depois duma prova em que terminou com graves problemas de motor (vamos ver se chega ao pódio). Na fase inicial lutou com falta de performance do carro, bem diferente do ritmo que lhe valeu o triunfo no ano passado. Começou com problemas nos travões, tentou apontar para o segundo lugar, mas nem isso conseguiu. A sensação que fica é que os adversários cresceram, e a Hyundai marcou passo: “Não conseguimos lutar e temos de esperar pelo próximo rali”

Dani Sordo foi quarto numa prova em que o resultado foi bem melhor que a exibição. Perdeu mais de um minuto para a frente do rali logo no primeiro dia de prova, e o mais estranho de tudo é que termina a etapa atrás de Lappi, que nunca tinha guiado um WRC na Córsega, Evans, que corria com um novo navegador, Phil Mills. No segundo dia subiu duas posições mas devido a azares alheios, voltando a acontecer o mesmo quando subiu a quarto, depois do atraso de Lappi devido a um furo: “Estou desapontado, lutámos muito com o carro, embora no fim o resultado não tenha sido mau. E isso é importante para nós. Não foi mau, mas temos que temos que trabalhar para ser mais rápidos no asfalto” disse o espanhol, algo desiludido. Como se percebe, a Hyundai não esteve bem nesta prova e a sensação que dá é que não cresceu o suficiente face à concorrência.

Elfyn Evans foi quinto e não era fácil fazer muito melhor, e muito provavelmente não o faria, mesmo com o navegador habitual. Trocar de navegador (por obrigação, Dan Barrit foi aconselhado pelos médicos a ficar em casa) logo no rali mais difícil do calendário nesse aspeto, com troços com mais de 100 páginas de notas para ditar, é obra e apesar de Phil Mills ser um navegador muito experimentado, está fora do ritmo há muito, e para ele o fim de semana terá sido tudo menos fácil: “Sabíamos que não ia ser fácil, o Phil fez um trabalho incrível. Este é o rali mais difícil para ler notas, quando soube que tinha de vir, praticou 3 ou 4 horas, e aqui fez um trabalho absolutamente incrível, e não tenho palavras para lhe agradecer o suficiente”, disse Elfyn Evans.