WRC, Rali da Turquia. PE13: Que Toyota vai ganhar?

15/09/2018

Ou não! Ott Tanak lidera o Rali da Turquia no final do segundo dia prova prova com 13.1s de avanço para Jari-Matti Latvala. Num dia que começou com o finlandês a 16.3s da frente e o estónio a 32.4s, muita coisa aconteceu…

Em condições normais – nunca se sabe o que pode acontecer num rali, até às verificações técnicas finais – a luta pela vitória vai decidir-se entre os dois pilotos da Toyota. O terceiro classificado, Hayden Paddon (Hyundai i20 Coupé WRC) está a 1m10.5s da frente, o quarto, Teemu Suninen, roda a 3m22.2s.
Depois de ter passado pela liderança do rali, Andreas Mikkelsen é quinto a 6m25.4s, depois de novo problema de transmissão, o que já tinha acontecido no shakedown.

Tal como Jari-Matti Latvala tinha dito antes da prova, o finlandês disse que este Rali da Turquia não se iria tratar somente de velocidade: “O vencedor deste rali será quem tenha um evento ‘limpo’, sem furos, e não vai ser necessariamente o mais rápido o tempo todo. Podemos atacar em alguns troços, mas não vamos poder atacar todo o tempo.” E é extamente isso que está a acontecer.

O ‘desastre’ começou logo para Thierry Neuville, de manhã. Depois do dia de ontem ter terminado com uma bela luta entre os dois primeiros do campeonato, Thierry Neuville e Sébastien Ogier, ao ponto de terem terminado o dia separados por apenas 0.3s, hoje as coisas não começaram nada bem para Thierry Neuville, pois o belga terminou o primeiro troço de hoje, os 34,24 Km de Yeşilbelde, com a suspensão dianteira esquerda partida no seu Hyundai i20 Coupe WRC. Ficou por ali. Está a mais de meia hora da frente.

Ogier foi o mais rápido na especial com 22,5 segundos de avanço face a Ott Tanak, e passou a liderar o rali com 25,5 segundos de avanço sobre Andreas Mikkelsen e 45.9s para Jari-Matti Latvala. Mads Ostberg retirou seu Citroën C3 WRC com problemas de turbo.

Pouco depois, com Thierry Neuville fora de prova foi a vez de Sébastien Ogier ter azar, já que partiu um braço de suspensão do seu Ford Fiesta WRC. O piloto francês perdeu 18s. Mas havia mais, já que na PE10, que ironicamente foi o mais rápido no último troço da manhã, caiu pouco depois para o quarto lugar, penalizado em num minuto por ter chegado fora do seu tempo à especial. Antes, teve que parar para reparar o seu carro, devido a um braço de suspensão partido.

Desta forma, Andreas Mikkelsen recuperava a liderança, passando a ter 36.3s de vantagem para Ott Tanak, que ultrapassou, neste troço, Jari-Matti Latvala, passando a haver 2.1s de diferença entre os dois. Ogier estava em quarto, a 46.1s de Mikkelsen, mas a apenas 9.8s do segundo posto do rali.
Esta especial ficou ainda marcada pelo abandono de Esapekka Lappi, após sair de estrada.

Mas havia muito mais estórias pela frente.

Tendo em conta a curta diferença que tinha para a frente, Sébastien Ogier entrou na PE11 ao ataque, mais exagerou e saiu de estrada. Como se percebe, complicou imenso o seu campeonato.

Se Tanak vencer, passa de imediato para a frente de Ogier, e fica bem mais perto de Neuville. Claro que há ainda que contar com o desfecho final da PowerStage e deste rali, pois como dissemos atrás, tudo pode acontecer até lá…

Tanto Neuville como Ogier irão voltar amanhã para lutar pela PowerStage, mas se o rali terminasse agora, Neuville mantinha os 172 pontos, Tanak passaria a ser segundo com 161 e Ogier terceiro, com 149. Vamos ver como isto termina, mas é certo que, ao que tudo indica, vamos ter luta a três até ao fim, e todos bem juntinhos…

O que podíamos pedir mais no WRC?