Segundo José Manuel Dinis “O Alpine-Renault 1600S (A110) chegou a Luanda em 1973. Foi comprado pelo António Bastos, novo em versão normal cliente, na fábrica em França. Em Portugal, António Bastos com Pedro Dias como navegador, participou no Rallye Rainha Santa 1973 (prova do Campeonato Português de Ralis), após esta prova seguiu para Luanda onde foi adquirido pelo Carlos Moura Pinheiro.
Foi preparado para ralis no importador da Renault, com o apoio do importador e da Tudor.
Carlos Moura Pinheiro com José Manuel Dinis como navegador no Alpine-Renault 1600s Gr2 alinharam no prestigiado Rallye BCA (Banco Comercial de Angola) no ano em que o Alpine 1800 Gr4 se sagrou Campeão do Mundo de Ralis, 1973”.
“Com a independência de Angola o Alpine não realizou mais nenhuma prova de registo. A versão original tinha jantes Gotti de seis raios de série do modelo e que o valorizavam.”
Em 1974 Carlos Moura Pinheiro deixou Luanda e foi viver para o Brasil, levando consigo um Ferrari que adquirira em Luanda e que veio a vender no Brasil, quanto ao Alpine desconhecia que também tinha ido para o Brasil.
Segundo Bruno Moura Pinheiro o Alpine foi parar a um stand no Rio de Janeiro. Anos mais tarde, o seu pai, Carlos Moura Pinheiro, andando por Copacabana, encontrou o Alpine exposto na montra de um stand de automóveis.
Entrou e foi abordado por um vendedor, “Senhor, gostou do carro? É de corrida, participou em ralis em África”.
Moura Pinheiro respondeu-lhe “Eu sei, eu era o piloto”.