Na história do automóvel, apenas três automóveis de produção em série foram equipados com motores V16, sendo dois dos quais da Cadillac (descontando o Cizeta V16T, pois deste foram produzidos apenas 11 unidades).
O primeiro foi o Cadillac Series 452 de 1930, com um V16 de 45 graus e 7,4 litros, a produzir 175 cavalos de potência. Levava 24 segundos para atingir os 100 km/h e foi um sucesso relativo no mercado de luxo; porém, a Grande Depressão conduzi-lo-ia a um fim prematuro. Já o Mormon Sixteen viu a sua estreia em 1931, albergando um V16 de 8,0 litros com 200 cavalos de potência, tendo alcançado as 400 unidades produzidas.
Com mais detalhes a serem divulgados ao longo de 2024, o sucessor do Bugatti Chiron terá assim um motor híbrido V16, havendo por agora rumores de que se tratará de uma unidade naturalmente aspirada de 8,3 litros da Cosworth, com uma potência de 1000 cavalos e capaz de atingir 9.000rpm. Se tal se confirmar, o motor estará igualmente emparelhado com três motores eléctricos de 250 kW, resultando num sistema de tracção integral potente com uma aceleração impressionante.
Porém, em tempo ainda de rumores, importa analisar os factos disponíveis. Através deste vídeo, cortesia do canal Engineering Explained, são analisadas as imagens partilhadas pela Bugatti, através das quais podemos tentar obter uma compreensão mais profunda da engenharia por trás deste motor de combustão V16. Curvas de binário, intervalos de ignição, ordem de ignição, ângulos de V, equilíbrio e tantos outros elementos são dissecados com a matemática como base, proporcionando-nos um vislumbre do que o novo expoente da Bugatti albergará.