Bugeyeguy, o local onde os Austin-Healey Sprite renascem

14/05/2021

O Austin-Healey Sprite é um pequeno desportivo britânico, apresentado ao público no Mónaco, em 1958, dois dias depois do Grande Prémio. O seu desenvolvimento esteve a cargo da Donald Healey Motor Company e a produção era feita na fábrica da MG, em Abingdon. O objectivo do Sprite era ser um automóvel barato, utilizando para isso o maior número de peças possível dos automóveis produzidos em grande escala e além disso, não tinha janelas laterais, puxadores exteriores das portas e não tinha bagageira. O seu motor era uma versão do Austin A-Series, com algumas alterações.

Sem dúvida que o design mais icónico do Sprite foi o da primeira série, que recebeu a alcunha de Bugeye nos EUA, ou seja, olhos de inseto, ou Frogeye no Reino Unido, ou seja olhos de sapo, devido à forma como foram posicionados os faróis. Nesta primeira versão o motor com 948cc de cilindrada derivado do Austin A35, mas aqui com dois carburadores SU, debitava 43cv.

Ao longo dos tempos, estes automóveis viram a sua popularidade aumentar entre os entusiastas de automóveis clássicos, com os valores a subir em flecha, mesmo quando comparado com as séries seguintes e outros pequenos desportivos britânicos da época. Para David Silberkleit, conhecido por Bugeyeguy, o ano de 2020 foi o melhor de sempre para ele, mesmo com a pandemia e restrições impostas.

David adquiriu o seu primeiro Sprite Mk.I em 1978 e mantem-no até hoje. Ao longo dos anos a sua paixão pelo modelo foi aumentando, até que chegou o ponto de iniciar um negócio de restauros destes pequenos automóveis. O seu edifício principal é um antigo edifício militar Quonset, dos anos 50, que foi totalmente restaurado, localizado em Branford, no Connecticut. David é especialista em Mini e MG, mas a sua grande paixão são mesmo os Austin-Healey Sprite Mk.I, estando actualmente 15 exemplares em restauro. Desde que iniciou o seu negócio, David já vendeu 307 exemplares do Bugeye.

Apesar dos seus restauros serem soberbos, nem todos seguem o caminho do totalmente original. Muitos clientes querem algo diferente e David faz algumas alterações no sentido dos restomods, como melhorar o interior e a potência do motor, com a adição de compressores volumétricos. Como hoje em dia a “moda” está nos automóveis eléctricos, o Bugeye também não é excepção e David já converteu três exemplares com motores da Tesla.

Sem dúvida, um negócio que está de vento em popa e os pequenos Bugeye merecem.