Cinco factos pouco conhecidos sobre a carreira de Gilles Villeneuve

15/07/2020

Gilles Villeneuve nasceu a 18 de Janeiro de 1950, no Quebeque, Canadá, e desde de cedo demonstrou um fascínio por automóveis. Iniciou a sua carreira de piloto em competições de moto de neve, passando para os monolugares, onde venceu a Fórmula Atlantic em 1976, antes de ingressar na Fórmula 1 pela McLaren. Na mesma temporada acabou por ir para a Ferrari onde se manteve até 1982, ano em que viria a falecer no trágico acidente na qualificação para o Grande Prémio da Bélgica, no circuito de Zolder, embatendo a 230km/h no March de Jochen Mass. Seguem-se cinco factos pouco conhecidos sobre a carreira de Gilles Villeneuve na Fórmula 1.

 

-Somente dois pilotos competiram pela McLaren e Ferrari na mesma temporada, Gilles foi um deles

Ambas as equipas sempre tiveram uma grande rivalidade, estando quase sempre em primeiro e em segundo lugar das estatísticas da modalidade. Por esse motivo, não é usual um piloto competir nas duas equipas, muito menos na mesma temporada. Mas, foi isso mesmo que Gilles Villeneuve fez, tal como dito na introdução, ingressou na Fórmula 1 na temporada de 1977, no Grande Prémio Britânico pela equipa McLaren, estando aos comandos do McLaren MC23. Seis Grande Prémios depois, Villeneuve estava a conduzir pela Ferrari. O outro nome que fica para a história pelo mesmo feito é Jacky Ickx, em 1973, quando trocou a Ferrari pela McLaren.

-Um acidente causado por Villeneuve levou a duas mortes no Grande Prémio do Japão de 1977

Gilles Villeneuve sempre teve uma condução muito agressiva e fervorosa, às vezes com consequências trágicas, como é o que ocorreu no Grande Prémio do Japão de 1977. Após uma travagem mal calculada para a primeira curva, Gilles embateu no Tyrrell P34 de Ronnie Peterson. Ambos escaparam sem grandes ferimentos. No entanto, o Ferrari de Gilles passou a cerca e caiu no meio dos espectadores, causando a morte a um comissário de pista e a um fotógrafo.

-Ao início, a McLaren não queria Gilles e a Ferrari quase o demitiu

O início da carreira de Villeneuve foi um pouco agitada. Apesar de no primeiro Grande Prémio onde competiu pela McLaren, ter um excelente quarto lugar e mesmo com o próprio colega de equipa, James Hunt, a pedir para a equipa ficar com ele, Gilles foi substituído por Patrick Tambay, para a temporada de 1978. Quatro meses depois, na sua segunda tentativa na Fórmula 1 estava aos comandos do terceiro Ferrari, em Mosport, para fazer suporte a Carlos Reutemann e Niki Lauda. Mas, como Lauda estava de partida da Scuderia, Gilles poderia muito bem ser o seu substituto, o que acabou por ser. No entanto, as suas corridas não estavam a correr bem e no início da temporada de 1978, nos primeiros quatro Grande Prémios, o seu resultado foi sempre o mesmo, desistência. Com alguns bons resultados pelo meio, é certo que essa temporada foi para esquecer e começaram a circular rumores que Gilles iria sair da Ferrari, o que acabou por não acontecer.

-Quase que voltou à McLaren em 1982

As coisas na Ferrari não estavam a correr bem, devido a vários problemas de fiabilidade e aerodinâmica com os automóveis da Scuderia. Com a entrada do novo patrão na McLaren, Ron Dennis, Villeneuve viu aqui uma oportunidade para voltar à equipa britânica. Mas, com o retorno de Lauda à Fórmula 1 em 1982, pela McLaren, qualquer chance de Gilles voltar foram postas de lado.

-O pior tributo de sempre na Fórmula 1

A equipa italiana Andrea Moda, foi uma equipa que tentou participar na Fórmula 1, em 1992. Digo tentou, pois nos nove Grande Prémio onde entrou, só se conseguiu qualificar para um e que acabou por desistir na corrida. Um dos pilotos da equipa, Perry McCarthy, no Grande Prémio de Espanha, tentou prestar tributo ao piloto canadiano, falecido há dez anos. No entanto, o tributo não correu bem, pois o automóvel, não queria trabalhar na qualificação. Finalmente, quando os mecânicos conseguiram meter o S921 a trabalhar, Perry saiu das boxes, em direcção à pista, mas quando passa a risca branca de final o Pit-Lane, o motor Judd V10 cala-se e assim termina o tributo a Gilles.