Colecção de automóveis de Neil Peart, baterista da banda Rush, vai a leilão

10/08/2021

Neil Peart foi um músico canadiense, mais conhecido por ser baterista da banca de rock Rush, sendo considerado por muitos como o melhor baterista de sempre. Nasceu em Ontário, em 1952 e, com apenas 13 anos começou a aprender a tocar bateria, recebendo a sua primeira bateria um ano depois. Após tocar em algumas bandas mais pequenas, ingressou os Rush em 1974. Viria a falecer em Janeiro de 2020, vitima de um cancro no cérebro.

Além da música, Neil era também um grande aficionado de automóveis clássicos, tendo reunido uma fantástica colecção. Agora, a Gooding & Company irá levar sete automóveis da sua colecção a leilão, em Pebble Beach, no evento Monterey Car Week de 13 a 14 de Agosto de 2021. Com a excepção do Shelby Cobra, todos os restantes automóveis são de cor cinzenta, que o próprio Neil chamava-os de “Silver Surfers”. Esta era a cor favorita de Neil, pois tal como o próprio disse, o cinzento prateado é a cor que melhor contrasta com as fotografias de fundo azul, características da Califórnia.

Começamos pelo único que não é cinzento, o Shelby Cobra 289 de 1964, com o chassis número CSX2234. Foi totalmente restaurado a meio da década de 2000 e foi adquirido por Neil em 2014. Está equipado com o motor Ford V8 289, direção de pinhão e cremalheira, jantes de raios cromados e saída de escape lateral. O seu valor estimado de venda, situa-se entre os 757 mil e os 840 mil euros.

Prosseguindo nos automóveis americanos, irá a leilão também o Chevrolet Corvette C2 Split Window de 1963, com o chassis número 30837S109652. Conjuga a cor cinzenta Sebring Silver com o interior em vermelho e está equipado com o motor V8 327 L76, que desenvolve 340cv, acoplado a uma caixa manual de quatro relações. Foi totalmente restaurado em 2011. O seu valor de venda estima-se que se situe entre os 126 mil e os 151 mil euros.

A restante colecção é composta por automóveis europeus. Começamos pelo mais caro automóvel da colecção, o Lamborghini Miura P400 S de 1970, com o chassis número 4042. A versão S foi um melhoramento do anterior Miura P400, onde o motor V12 passou a debitar 370cv, entre outras alterações. Está equipado com ar condicionado e jantes Campagnolo. O seu valor de venda situa-se entre o milhão e os 1.2 milhões de euros.

Continuando nos italianos, segue um dos apenas 125 Maserati Mistral Spider produzidos, este de 1965 e com o chassis número AM109S049. Foi vendido novo pelo icónico concessionário de Nova Iorque Hoffman Motors. O Mistral fica na história da Maserati, por ter sido o último automóvel vendido com o icónico motor derivado da competição aplicado num automóvel de estrada. O seu valor estimado de venda situa-se entre os 480 mil e os 540 mil euros.

Segue-se o Maserati Ghibli 4.9 SS Coupe de 1973, sendo um dos apenas 425 exemplares produzidos, este com o chassis número AM115492428. O motor que anima este italiano, é o V8 de 4,9 litros de cilindrada, desenvolvendo 335cv. Conta com jantes de aperto central Campagnolo e estava na colecção de Neil desde 2013. O seu valor de venda estima-se ser entre os 210 mil e os 250 mil euros.

Restam os automóveis britânicos e começamos pelo Aston Martin DB5 de 1964, com o chassis número DB5/1690/R, sendo este o automóvel que deu o nome à colecção, enquanto Neil o conduzia na costa do Oceano Pacífico. Foi adquirido por Neil em 2009, sendo o primeiro automóvel da sua colecção, e conta com o interior em azul, cor exterior Silver Birch, caixa ZF de cinco velocidades e jantes de raios Borrani. O seu preço estimado situa-se entre os 540 mil e os 610 mil euros.

Para terminar, segue-se o Jaguar E-Type Series I Coupe 3.8 de 1964, com o chassis número 890630. Tem o interior vermelho, que contrasta com a cor exterior Opalescent Silver, e conta com alguns melhoramentos modernos, como uma caixa manual de cinco velocidades Tremec, travões de disco da Wilwood, suspensão melhorada e volante do motor aligeirado. O seu valor estimado de venda situa-se entre os 117 mil e os 130 mil euros.