Salão Motorclássico assinala os 70 anos do Mercedes-Benz 300 SL

09/02/2024

Os 70 anos do Mercedes-Benz 300 SL serão celebrados no Salão Motorclássico, entre os próximos dias 23 e 25 de Fevereiro, no evento que – além de contar com o modelo como cabeça de cartaz – receberá a presença de um exemplar em exposição. A comemoração desta data especial prolongar-se-á igualmente pelas Motor Talks desenvolvidas ao longo dos três dias do salão.

 

O Mercedes-Benz 300 SL tem origem no desportivo de competição, o modelo W194 de competição equipado com o motor M186, partilhado pelo sedan 300 “Adenauer” (W186) e pelo luxuoso 300 S descapotável de dois lugares (W188). Os sucessos alcançados nas provas em 1952 foram algo surpreendentes, uma vez que o motor do W194 estava equipado apenas com carburadores, produzindo 175cv, uma potência inferior à dos concorrentes da Ferrari e Jaguar. No entanto, o baixo peso e a baixa resistência aerodinâmica tornavam o W194 suficientemente rápido para ser competitivo em corridas de resistência. Para 1953, a marca desenvolveu uma nova versão, adicionando a injecção de combustível e as jantes de 16, instalando ainda a caixa de velocidades no eixo traseiro. A carroçaria era feita de Elektron, uma liga de magnésio, que reduzia o peso em 85 kgs.

A ideia de produzir um automóvel de Grand Prix destinado aos entusiastas abastados no próspero mercado norte-americano do pós-guerra viria a ser sugerida por Max Hoffman numa reunião de directores em Estugarda em 1953. O novo diretor-geral da Mercedes-Benz, Fritz Konecke, concordou com o pedido de Hoffman e lançou a produção de mil exemplares, de forma a garantir o sucesso da operação. Apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Nova Iorque em Fevereiro de 1954 – ao invés dos salões de Frankfurt ou Genebra, onde os modelos da Mercedes-Benz eram habitualmente estreados – recebeu desde logo uma resposta amplamente positiva por parte do público, com a produção a arrancar na fábrica de Sindekfingen nesse mesmo ano.

O 300 SL era capaz de atingir velocidades até 263 km/h, tornando-o no automóvel de produção mais rápido do seu tempo, com as icónicas portas “asa de gaivota” (nascidas de uma necessidade técnica e não com um propósito inicial estritamente estético) e o chassis com estrutura tubular em aço a corporizarem, entre muitas as outras, as características inovadoras que contribuíram para o elevar ao estatuto de automóvel com um lugar próprio e tremendamente influente na história.

Com bilhetes à venda com desconto por tempo limitado já só até dia 8 de Fevereiro, o Salão Motorclássico é organizado pelo Museu do Caramulo e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, Turismo de Lisboa, Fidelidade, RTP, Antena 1, Jornal dos Clássicos, Speedflag e Banco BPI | Fundação la Caixa.

Para mais informações sobre o Salão Motorclássico, consulte o site www.motorclassico.com