Cinco fabricantes investigados por conluio

26/02/2019

A U. E. quer saber se existiu, da parte de cinco dos maiores fabricantes no mercado europeu, uma combinação para aumentar o preço de determinados componentes

A Automotive News está a noticiar, com base em informações do jornal alemão Der Spiegel, que as autoridades europeias abriram uma investigação a cinco fabricantes para saber se elas quebraram as regras de concorrência para o espaço comunitário. Sob a mira das autoridades estão os grupos Renault, Nissan, PSA, Fiat-Chrysler e Jaguar Land Rover, juntamente com a consultora Accenture, sob a alegação de que elas podem ter combinado os preços de determinados componentes, fazendo com que o seu custo aumentasse 25%. A Automotive News, que lançou esta notícia, contatou os departamentos de comunicação dos fabricantes em questão para ter uma reação. Até este momento não obteve ainda resposta por parte da Renault e Nissan, enquanto os outros três grupos automóveis se recusaram a tecer qualquer comentário.

Esta é a segunda grande investigação nos últimos tempos ao sector automóvel por causa de possíveis violações das regras anticoncorrência. Em final do ano passado tornou-se pública a investigação ao chamado “Círculo dos Cinco”, que juntava a Mercedes, BMW, Volkswagen, Audi e Porsche. Estas marcas alemãs estão de momento a ser investigadas sobre alegadas combinações para adiar a introdução de novas soluções para o controlo das emissões poluentes. Em qualquer um destes casos, tanto do Grupo dos Cinco como agora nos cinco fabricantes investigados por conluio, podem-se esperar multas com montantes bem assinaláveis caso se confirmem as alegações de práticas ilegais.

Relativamente a investigações, a Automotive News revelou hoje outra informação relevante. Neste caso é relativa a uma multa de 8,5 milhões de euros à BMW por “lapsos administrativos” que levaram à instalação em 7965 automóveis de softwares de controlo de emissões errados. Apesar de se tratar de um problema relacionado com os softwares de emissões, este é um caso totalmente distinto do Dieselgate. Tudo porque, de acordo com as informações conhecidas, não se terá tratado de uma instalação voluntária destes sistemas com menor eficácia no controlo das emissões. Mas, ainda assim, acaba por ser uma falha que custa 8,5 milhões de euros ao fabricante bávaro.