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Europa vai perder metade dos condutores

O número de novos automóveis registados pode cair 50%
O total de pessoas com carta de condução também pode cair para metade
Uma das maiores razões estará no facto dos automóveis deixarem de ser vistos exclusivamente como propriedade individual
Em vez disso, através do car-sharing e novas formas de mobilidade, eles serão considerados cápsulas de transporte ao serviço das pessoas e empresas
A condução autónoma tem aqui também um papel essencial, tanto pelo aumento da segurança rodoviária como pela liberdade concedida aos ocupantes
Encontrar novas formas de passar o tempo despendido a guiar é precisamente um dos desejos expressos pelas novas gerações
A União Europeia tem uma visão dos transportes para 2050 focada na segurança rodoviária, ambiente, digitalização e na burocracia
É considerada como uma estratégia dos “3 Zeros”, em desaparecem totalmente as mortes na estrada, as emissões poluentes e a burocracia

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Esta é a visão preconizada pela Comissária dos Transportes numa conferência dedicada precisamente ao futuro do mundo automóvel, onde é abordado o impacto da mudança de mentalidades e inovações tecnológicas. Um conjunto de alterações das quais resultará que a Europa vai perder metade dos condutores

A verdadeira revolução que o sector automóvel atravessa, com novas motorizações, tecnologias e formas de viajar, terá seguramente um grande impacto na sociedade. E a União Europeia está já a fazer previsões sobre como será o futuro. Segundo a responsável por esta área a nível comunitário, a Comissária dos Transportes, Violeta Bulc, estas mudanças vão significar que a Europa vai perder metade dos condutores, com uma redução de 50% tanto no número de carros registados como no total de pessoas com carta de condução. Além disso, como a própria afirmou no 2018 FT Future of the Car Summit, também a relação entre pessoas e viaturas será alterada.

Violeta Bulc afirmou ter consciência de que ”as pessoas vão continuar a querer ser donos dos carros, e elas serão parte da solução de transporte, mas a viatura será um módulo de apoio às necessidades individuais, das empresas e da sociedade”. Esta transformação estará inscrita na Visão dos Transportes em 2050 da União Europeia, uma estratégia focada na segurança rodoviária, ambiente, digitalização e na burocracia. Este é considerado como um Plano dos “3 Zeros”, em que a sinistralidade rodoviária, a burocracia e as emissões poluentes são totalmente eliminadas.

As estimativas de que o número de condutores encartados e novos carros registados vão cair 50% terão por base uma alteração na mentalidade e atitudes das pessoas para com a tarefa de conduzir. Além da questão da segurança rodoviária, terão efeito nesta situação principalmente a chegada dos sistemas de piloto automático, em combinação com o desejo das pessoas em encontrar novas formas de ocupar o tempo passado ao volante.

Fonte: Autocar