Grupo Fiat-Chrysler abre os cordões à bolsa para ser mais “verde”

11/06/2018

Com a Alfa Romeo, a Jeep, a Maserati e também a Fiat a apostar nas motorizações mais ecológicas, foi preciso encontrar verbas para estes projetos. Veja agora qual será o investimento da FCA na eletrificação.

No início do mês foi dado a conhecer o plano estratégico da Fiat- Chrysler até 2022, o último delineado por Sergio Marchionne, que abandona a empresa no próximo ano. A expetativa era grande, até porque o grupo italo-americano era o que menos havia revelado sobre a aposta em novas motorizações, algo que agora ficou bem claro, com a Alfa Romeo a receber modelos como o GTV e o 8C em modo híbrido, a Maserati a finalmente avançar para a produção do Alfieri como um veículo elétrico e a Jeep a anunciar catorze propostas onde estão contemplados motores elétricos. Até a Fiat, muito prejudicada nesta nova visão do grupo, se prepara para trazer para a Europa o modelo 500e, famoso pelos prejuízos que gerou para a marca nos Estados Unidos. Mas, como seria de esperar, para estes projetos foi preciso obter verbas.

Ficou agora a ser conhecido o investimento da FCA na eletrificação, e o montante não é pequeno. Serão, ao longo dos próximos quatro anos, 8,9 mil milhões de euros que se destinam a estes projetos, e que vão dar origem a um total de 30 propostas divididas entre elétricos puros, híbridos de Plug-In e híbridos em série. Esta verba representa 20% de todos os gastos que a empresa vai fazer até 2022 e permitirá uma verdadeira diversificação dos propulsores na Fiat-Chrysler, que vai ainda apostar em motores de combustão interna mais pequenos e com turboalimentação. Em sentido inverso, a ideia passa por eliminar os Diesel da Europa até 2021.

Marchionne explicou estas opções, indicando que na União Europeia “a introdução de diversos níveis de eletrificação é obrigatória”. Fruto do investimento da FCA na eletrificação, em 2022 o grupo espera que o mix de vendas na Europa se divida entre 40% de modelos com motores de combustão interna, 40% de híbridos em série e os restantes 20% em automóveis elétricos e híbridos de Plug-In. Esta situação que deriva da legislação e que terá estado na origem do desaparecimento do Tipo da gama da Fiat para esta região. Daí que surjam o 500e e um Panda elétrico, pois “o nosso plano é focar a Fiat em produtos que sejam capazes de cobrir os custos das tecnologias de eletrificação”.