Quando a Opel usou foguetes para bater recordes de velocidade
24/05/2018
On rail, on the road and in the air: The top speeds of the Opel RAK experiments.
Spectacular: The RAK 2 races past the stands of the Avus trailing a white plume of smoke.
Multi-talented: Fritz von Opel (1899-1971) was a qualified engineer, talented athlete, pilot and entrepreneur.
Across the line: Fritz von Opel is congratulated by motorcycle racer Hanni Köhler. Next to her, Max Valier looks straight into the camera. Opel racing legend Carl Jörns is on the far left, Lilian Harvey in the right foreground.
Don’t try this at home: Fritz von Opel did not wear a helmet for his record-breaking run in the RAK 2.
Visionaries: Fritz von Opel in the RAK 2 and Otto Willi Gail, author of the book “Mit Raketenkraft ins Weltenall – Vom Feuerwagen zum Raumschiff” (back right, with tie).
Hats off to an outstanding display: Fritz von Opel is celebrated after his wild ride in the RAK 2. Opel reworked the original black and white photograph from 1928 based on historical facts to celebrate to 90th anniversary of the record-breaking run.
First ever rocket-powered flight in the world: Fritz von Opel takes off from the airport in Frankfurt Rebstock in the Opel-Sander RAK 1 in the autumn of 1929.
First ever rocket car: Opel RAK 1 with Opel engineer and racing driver Kurt Volkhart at the wheel.
Moments to go: The Opel team pushes the RAK 2 to its starting position.
Last touches: The Opel mechanics Becker and Treber (right) have pushed the RAK 2 to its starting position. The engineers of Friedrich Sander wire the rocket charges to the ignition pedal. In the background film star Lilian Harvey and Avus director Hellmuth Reiners pose for the cameras.
And he’s off: Fritz von Opel ignites the first rocket in the rear of the RAK 2 via a pedal.
World record for rail vehicle: The Opel RAK 3 rocket handcar reached 256 km/h.
Futuristic design: The Opel RAK 2 already displayed the aerodynamic design adopted by the Grand Prix racing cars or the late 1930s in 1928.
Opel e foguetes espaciais. Uma associação que talvez nunca pensasse que alguém fizesse, mas não só o fez como aconteceu há exactamente 90 anos. Saiba como o Opel RAK 2 serviu de precursor aos foguetes.
Viajamos no tempo, ao dia 23 de maio. Os ponteiros do relógio assinalavam as 10 horas quando excêntrico automóvel emergiu numa reta em Avus, Berlim, a uma insana velocidade. Era o Opel RAK 2 e a bordo seguia Fritz von Opel, neto de Adam Opel, fundador da marca. O automóvel tinha asas e por pouco não voava, atingindo na reta o recorde de 238 km/h. O segredo era o recurso à ignição progressiva de 24 foguetes de combustível sólido montados atrás do eixo traseiro.
Constituindo um recorde mundial, o Opel RAK 2 demonstrou que a propulsão com foguete era potente e controlável. A ideia baseou-se na pesquisa do astrónomo austríaco Max Valier, despertando o interesse do fabricante alemão, que apoiou o projeto. Juntou-se posteriormente Friedrich Sander, proprietário de uma empresa de foguetes, iniciando-se a construção do propulsor para o automóvel. Seguiram-se os primeiros testes em Rüsselsheim, em março de 1928, com um propulsor que contava com 12 foguetes Sander com cerca de 40kg de material explosivo. A imprensa reagiu extraordinariamente ao projeto.
eguiu-se a pista de Avus para os testes. O Opel RAK 2 apresentava-se como um vanguardista automovel com 24 foguetes, um comprimento de 4,88 metros e uma aerodinâmica apurada. Tinha também duas asas laterais grandes. Já os dados do propulsor especificavam uma capacidade de impulsão de seis toneladas. A partir daqui fez-se história e seguiu-se projetos como o RAK 3 e o da aeronave Opel-Sander RAK 1.
Infelizmente – e coincidindo com a Grande Depressão – a Opel teve de mudar o seu foco exclusivamente para o desenvolvimento de veículos para as pessoas. Ainda assim, inscreveu-se um capítulo nos primórdios daquilo que hoje denominamos por foguetes e a Opel demonstrou empenho na pesquisa e desenvolvimento de motorizações alternativas, uma área em que a marca continua a apostar no presente.
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