A Bentley colocou uma frota de seis veículos em Goodwood a utilizar biocombustível, completando todas as 32 subidas de montanha do “traçado”.

 

O Batur de 750 cv, com motor W12, abastecido com o biocombustível de segunda geração, completou uma corrida de 55,0 segundos, colocando-o entre os três melhores carros de produção do fim de semana.

O Bentayga EWB foi posto a rebocar 2,5 toneladas de palha, tendo completado a subida em 1 minuto e 21 segundos.

O pitoresco é que a quantidade da palha rebocada (pelo Betayga EWB – Extended Wheelbase Range – com as tais 2,5 toneladas), quando convertida em biocombustível, permitiria abastecer o Bentayga durante 1770 km ou abastecer todos os Bentleys durante o fim de semana em Goodwood.

Outro dado: não foram necessárias modificações nos motores, mesmo para o Bentley EXP2, que tem 103 anos.

Estes resultados levaram o construtor a colocar um depósito de combustível de 1200 litros na unidade de produção de Crewe para permitir que os veículos da Bentley Heritage Collection e a frota de imprensa reduzam o seu impacto de CO2 em cerca de 85%, em comparação com a gasolina comum.

Biocombustível de segunda geração 100% renovável

Os biocombustíveis de segunda geração diferem dos de primeira geração, pois são produzidos a partir de materiais residuais, como resíduos agrícolas, florestais e subprodutos da indústria alimentar, em vez de depender de culturas alimentares cultivadas em terras aráveis.

O processo de produção dos biocombustíveis de segunda geração envolve a decomposição dos resíduos de biomassa por fermentação, o que resulta na obtenção do etanol. Esse etanol é posteriormente desidratado e transformado em etileno, que, por meio do processo de oligomerização – a união de moléculas curtas de hidrocarbonetos para formar moléculas mais longas e densas em energia – pode ser convertido em gasolina.

Uma das principais vantagens desse tipo de combustível é que ele é completamente renovável, contribuindo para a redução significativa de aproximadamente 85% do impacto de CO2 quando comparado com a gasolina convencional. Além disso, ao utilizar materiais residuais que seriam descartados de outra forma, os biocombustíveis de segunda geração evitam o dilema “alimentos versus combustível” associado aos biocombustíveis de primeira geração.