Os 11 tópicos essenciais do novo BMW i5, a versão 100% elétrica do Série 5

03/10/2023

O BMW i5 é a versão 100% elétrica do Série 5 que chega ao mercado português na carroçaria berlina (G60) a 21 de outubro.

Depois do primeiro contacto dinâmico que tivemos com o i5 eDrive40, com tração traseira e 313 cv de potência (340 cv no modo Sport), no quadro da apresentação à imprensa mundial que decorreu em Lisboa, destacamos onze aspetos neste familiar premium elétrico que vai concorrer com o Mercedes EQE.

1) Facilidade com que se guia

As rodas traseiras rodam segundo um ângulo de até 2,5 graus, o que melhora a manobrabilidade em ruas estreitas por parte de um veículo que mede 5060 mm de comprimento. O i5 é ágil e tem o dom de se conduzir muito facilmente.

2) Patilha “Boost”

Potência não falta ao eDrive 40 que, ainda assim, tem um comando “boost” posicionado à esquerda do volante. Trata-se de uma patilha com um design em tudo idêntica a uma patilha de controlo de uma caixa de velocidades que, uma vez acionada, dá ao i5 um súbito e extra pulmão, passando a oferecer 430 Nm de binário (mais 30 Nm de binário durante 10 segundos) e 340 cv de potência, os quais elevam a velocidade de rolamento a outro nível, em menos de um segundo, estilo “launch control”. Para ultrapassagens é uma funcionalidade perfeita. Experimentámos e gostámos.

3) Modo “Max Range”

Concorrência
Do ponto de vista da potência, os 340 cv do eDrive 40 do BMW i5 colocam-no à frente do rival Mercedes EQE 350 (com 215 kW/292 cv).
Comparando as versões mais vitaminadas, o i5 M60 xDrive tem 601 cv, ao passo que o AMG EQE 53 dispõe de 625 cv.
Em termos de autonomia, o i5 fica atrás do Mercedes EQE 350, cujos números apontam para um alcance de 606 km a 686 km, fruto de uma bateria com 89 kWh de conteúdo energético útil.

Com uma bateria de 81,2 kWh líquidos, o eDrive40 tem uma autonomia declarada de 499 km a 582 km. Não é das maiores autonomias, é certo, mas um recurso que gostámos foi o modo “Max Range” que ajuda o condutor a extrair o máximo de autonomia possível em situações em que a carga está perto do seu fim.

Esse modo Max Range coloca a velocidade máxima nos 90 km/h, reduz a potência da motorização e da potência consumida por parte dos opcionais de conforto (desativando o AC, ventilação/aquecimento dos bancos e volante aquecido).

Com isto, o condutor ganha um incremento da autonomia entre 15% a 25%. Isto pode, por exemplo, ser útil quando chega a um posto de carregamento e é surpreendido pelo facto de se encontrar desativado.

4) Highway Assistant

O i5 dispõe da mais recente geração do sistema avançado de assistência ao condutor da BMW, designado Highway Assistant com mudança automática de faixa.

Este sistema é capaz de colocar o i5 a fazer uma ultrapassagem por si mesmo. Ao condutor é apenas exigido que incline a cabeça para a esquerda para olhar para o espelho retrovisor e o veículo muda de faixa, verificando previamente a disponibilidade de espaço no trânsito antes de executar a manobra.

Infelizmente, não experimentámos este recurso que, diga-se, não estará disponível no mercado português (tal como em muitos outros) por questões legais. Apenas na Alemanha, para já, esta tecnologia pode ser utilizada.

O mecanismo é ainda sensível à atenção do condutor, desativando-se prontamente se detetar que o automobilista não está a prestar atenção à estrada.

5) O espaço atrás para o passageiro do meio

O interior é espaçoso, com os bancos ergonómicos a encaixarem bem quer condutor, quer passageiro da frente. O conforto é o típico que se encontra num Série 5, com requinte e boa habitabilidade. No entanto, este i5 acaba por penalizar os ocupantes traseiros numa situação em que a viatura leve cinco pessoas. Isto porque o passageiro do banco traseiro que for ao meio tem diante de si a intromissão de uma “bossa”, que tipicamente se encontra nos modelos de combustão interna. Isso deve-se ao facto deste elétrico premium não ter sido desenhado de raiz como elétrico, recorrendo a uma plataforma multienergia, a CLAR, que serve também para acomodar uma versão com um bloco a gasolina, outra com um Diesel e outra ainda com um plug-in. Ou seja, com uma plataforma tão abrangente, houve alguns compromissos do ponto de vista da engenharia e desenvolvimento que tiveram de ser feitos. O túnel central foi um deles.

6) Dois ecrãs

No que diz respeito à tecnologia, o i5 apresenta um ecrã curvo sensível ao toque de alta definição que cobre o painel de instrumentos. Esse ecrã tem 12,3” (para a instrumentação em frente do condutor). Há ainda outro ecrã, de 14,9”, para o infotainment.

Além disso, é o primeiro BMW a vir com o sistema iDrive 8.5 atualizado de fábrica, oferecendo uma configuração mais próxima de um smartphone. Outro dado: o emparelhamento com o smartphone vai tornar o ecrã do i5 numa plataforma de jogo, fazendo a leitura de um QR Code para entrar num determinado jogo. Em 2024, estará disponível no menu o jogo “Quem quer ser milionário”.

7) Tempo de carga

O tempo de carregamento AC 11 kW, dos 0-100%, é de 8,25 h. Por seu lado, um “encosto” de 10 minutos num posto rápido DC de 205 kW fornece autonomia até 156 km (no eDrive40) e até 146 km (no M60 xDrive). No entanto, a possibilidade de carregar a 22 kw em AC só é de série no M60 xDrive; no eDrive 40 é opcional.

8) Versões disponíveis

O i5 estará disponível em duas variantes: o i5 eDrive40, com tração traseira e 313 cv de potência (340 cv no modo Sport), e o i5 M60 xDrive, com tração às quatro rodas e 517 cv (601 cv de potência no modo Sport). E

9) Aceleração

A aceleração dos 0-100 km/h por parte do i5 eDrive40 é em 6 segundos e a velocidade máxima é de 193 km/h. No i5 M60 xDrive, o vigor da aceleração é muito superior: sprint dos 0-100 km/h em 3,8 segundos. São, afinal, 601 cv debaixo do pé direito.

10) Autonomia

No capítulo da autonomia, com uma bateria de 81,2 kWh líquidos, o eDrive40 tem uma autonomia declarada de 499 km a 582 km. A versão M60 xDrive tem uma autonomia entre 457 km e 516 km.

11) Preço de venda

O i5 eDrive40 será o que mais irá vender em Portugal, com o seu preço a ser de 77 mil euros. Retirando o IVA, o valor de aquisição para as empresas posiciona o modelo no escalão de tributação autónoma mais favorável, o da isenção. Feitas as contas, deduzido o IVA, o i5 eDrive40 fica para uma empresa por 62.600 euros – os veículos exclusivamente elétricos que tenham um valor de aquisição inferior a 62.500 euros (sem IVA) estão isentos do pagamento da Taxa de Tributação Autónoma