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Parlamento discute proposta de criação de “Vistos Green”

O Programa de Autorização de Residência para a Atividade de Investimento é atribuído a cidadãos cujos países não façam parte da Zona Schengen ou da União Europeia. O PAN pretende alargar esta figura a para atividades de investimento em projetos ecológicos.
Segundo a proposta, investimentos em ecoturismo poderiam ser abrangidos por este regime.
Segundo o PAN, a criação de investimentos que incidam no autoconsumo com energias oriundas de fontes renováveis poderia permitir obter "Vistos Green"
No âmbito da proposta do PAN, os "Visto Green" poderiam estar relacionados com investimentos em agricultura biológica não intensiva

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O PAN vai sugerir na Assembleia da República a criação de “Vistos Green”. O objetivo é conceder autorização de residência a cidadãos fora da União Europeia a quem invista em projetos ambientais, em Portugal.

No âmbito da discussão agendada para hoje na Assembleia da República, 10 de janeiro, sobre a autorização de residência para atividades de investimento (o chamado “Visto Gold”), o partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza propõe a instituição de um regime de autorização de residência assente em atividades de investimento em projetos ecológicos, os “Vistos Green”.

250 mil euros num mínimo de cinco anos

O PAN avança, assim, com a proposta de criação de um regime de autorização de residência assente em atividades de investimento em projetos ecológicos (Vistos Green) respeitantes a qualquer atividade exercida, pessoalmente ou através de uma sociedade, que promova no território nacional, durante um período mínimo de cinco anos, e num montante superior a 250.000 euros, pelo menos, uma das seguintes situações:

Na ordem do dia de hoje da Assembleia da República estará também um debate de atualidade pedido pelo Partido “Os Verdes”, sobre a decisão do Governo de construção de Aeroporto complementar no Montijo.

“Tendo em conta estes dados e a importância de cimentar uma sociedade multicultural e aberta ao investimento estrangeiro, o PAN considera que este investimento exponencial deveria ser captado e canalizado para projetos de investimento estruturantes nomeadamente de cariz ecológico”, defende o partido liderado pelo deputado André Silva.

Descarbonização da economia

De acordo com o PAN, esta iniciativa, configurada no Projeto de Lei 1055/XIII, “terá um impacto significativo no audacioso compromisso assumido pelo Primeiro-ministro, António Costa, na COP-22, em Marraquexe, sobre a descarbonização da economia portuguesa até 2050, com o lançamento do “Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2050” assumindo a urgência de, paulatinamente, se abandonar a dependência das energias fósseis, substituindo-as por outras fontes 100% limpas e renováveis”.

A proposta do PAN será debatida a partir das 15 horas desta quinta-feira juntamente com o Projeto de Lei nº 920/XIII/3.ª (do Bloco de Esquerda) que defende o fim dos “Visto Gold”.