Primeiro teste da Super Soco CUX, a tal (quase) ao preço de um telemóvel

01/03/2019

Quando se começou a falar de uma scooter elétrica feita pela Super Soco, em parceria com a Xiaomi, publicámos este artigo.

Os valores na altura revelados para a comercialização no mercado chinês eram surpreendentes, mas sabíamos que seriam bastante modificados quando chegassem à Europa. Os preços estimados eram, de facto, comparáveis aos de um telemóvel de gama média/alta, entre os 600 e 1000 euros.

Mas quando chegar ao mercado português, dentro de algumas semanas, a Super Soco CUX vai custar cerca de 2500 euros mais IVA, o que dá um PVP de 3075 euros. Os particulares podem candidatar-se ao apoio do fundo ambiental, de até 400 euros, o que reduz o valor da aquisição a 2675 euros.

As empresas ainda podem recuperar o IVA que, associado ao incentivo estatal, permitem um preço de 2100 euros. Continua a ser um excelente valor, comparável ao dos novos telemóveis topo de gama que se dobram, da Samsung e da

Huawei. E não tem concorrência no mercado atual…

Qualidade surpreendente

Um dos principais atributos da scooter Super Soco é o seu design. É um objeto muito bem concebido, que podia ter saído de qualquer atelier reputado da Europa. Tem umas linhas modernas, compactas e minimalistas, bem diferentes daquelas que associamos a scooters produzidas na China.

Mas, o que aparece nas fotos de lançamento precisa de ser confirmado ao vivo. Por isso, aproveitámos uma visita à sede da e-Bike, junto ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para ficar a conhecer melhor a CUX.

A e-Bike é a representante de várias marcas de veículos elétricos, como trotinetes, bicicletas e motos. Entre elas, está a Super Soco, com o best Seller a ser a “café racer” TC. O ano passado, venderam-se em Portugal 70 unidades.

Existe apenas um exemplar da CUX por enquanto, que é um modelo de pré-serie, precisamente para efeitos demonstrativos. O modelo está agora em processo de homologação no nosso país, pelo que não pode ser utilizada na via pública.

Mesmo de perto, a CUX parece ter bastante qualidade. Há uma estrutura comum, em cinzento escuro e quatro secções de plástico coloridas. Serão quatro as cores disponíveis, entre branco, vermelho, castanho e cinzento. O exemplar que a e-Bike tem é cinzento. É a combinação mais discreta, o que pode ser uma vantagem.

Este exemplar tem uma autonomia de 80 km, graças à sua bateria de lítio com células 18650. Só mais tarde chegarão versões com maior autonomia, que poderá chegar aos 120 km. A bateria está colocada no compartimento por baixo do banco e pesa 10 kg. Pode ser retirada e carregada em qualquer parte, em casa ou no escritório.

Leve e ágil

O peso da CUX pronta a andar é de 70 kg. O motor Bosch, na roda traseira, tem 115 Nm de binário. Para ser equiparada a um ciclomotor de 50cc, a CUX será limitada a 45 km/h. No entanto, sem o limitador, a velocidade máxima seria de 60 km/h. Nos dados oficiais surge a informação de que pode subir inclinações de 15º, mas tal deverá variar consoante o peso do ou dos ocupantes.

A instrumentação é simples, digital e tão elegante quanto o aspeto geral da scooter. As informações de velocidade, autonomia e modo de funcionamento são imediatamente legíveis.

A posição de condução é confortável, permitindo as costas bem direitas. Os comandos relativos ao modo, aos quatro piscas e ao corta-corrente estão num conjunto perto do manípulo direito. O modo 1 é o mais económico, mas também o mais suave. Transmite muita confiança, mesmo aos utilizadores menos experientes. Mas mesmo no modo 3, com o acesso ao binário máximo e resposta mais imediata ao rodar do punho, a entrega nunca é agressiva.

A agilidade da CUX é surpreendente e está sempre presente a leveza e robustez do conjunto, graças a uma estrutura em aço de carbono.

Os discos de travão têm diâmetro de 180mm e têm assistência hidráulica. São bastante potentes, de resposta pronta, pelo menos, a baixa velocidade, bastante modulável.

O barulho das luzes

No nosso breve contacto, no parque industrial da Norbrinde e da e-Bike, a Super Soco CUX revelou-se um excelente produto de mobilidade. Fácil de utilizar, muito suave e manobrável, mas com uma qualidade e robustez de que não estávamos à espera.

O preço continua a ser bom e só não é óptimo por causa da expectativa criada pelos valores iniciais. Face à qualidade da CUX, era também um valor irreal.

Em todos os pormenores, seja na iluminação dianteira ou traseira, com leds que funcionam de forma vistosa, a CUX revela ser um produto bem pensado e com uma produção cuidada.

Por baixo do banco fica o compartimento da bateria, onde é possível também guardar alguns objetos pessoais.

Ficou combinado que, logo que possível, o Watts On fará um teste em condições reais, desta vez já com uma unidade de produção final e matriculada.

Pode obter mais informações através do site da e-Bike e da sua página no facebook, aqui.

 

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