M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
É uma cena comum em muitos lugares do mundo. É sábado à noite, já passa das quatro horas da manhã, bebeu uns copinhos a mais, e agora não quer (ou os seus amigos não o deixam) conduzir e levar o carro para casa. O melhor é ir para a fila de táxis, ou pegar no seu telemóvel e chamar um Uber. Mas quando finalmente vai entrar no carro, o condutor diz que não lhe vai fazer a viagem.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Uber devia ser o ideal para pessoas que beberam um copito a mais à noite. Não é preciso dizer para onde vai, pois a casa já foi pré-selecionada no aplicativo, nem se preocupara em procurar por dinheiro na carteira, já que o pagamento é eletrónico. Mas a empresa americana quer reduzir o número de viagens feitas com pessoas embriagadas, ostensivamente para se proteger de processos em tribunal, não só devido a problemas com a deslocação, mas também por reclamações de assédio sexual e outros comportamentos impróprios.

Para impedir estas situações, a Uber desenvolveu um novo sistema de inteligência artificial, ligado ao aplicativo de telemóvel, que permite ao condutor prever se o cliente está embriagado. Neste caso, faz uma análise da ortografia e rapidez da mensagem, o ângulo em que o telemóvel está a ser levantado, a velocidade do passo do cliente, a sua localização geográfica e o dia e hora da mensagem. O aplicativo vai depois comparar estes dados com a história de utilização do cliente, e avaliar o seu estado, podendo recusar a viagem ao cliente.