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Um turbo por cilindro vai dar mais potência e poupar combustível ao mesmo tempo

O turbocompressor necessita de óleo para garantir a fricção entre peças que giram a velocidades de cem mil rotações por minuto (15 a 20 vezes mais rápido que o motor em si). Esse movimento gera calor adicional, que é dissipado pelo óleo, pelo que o turbo acaba por consumir mais óleo nas sua operação normal do que o próprio motor.
Se a pressão de óleo baixar, o veio dentro do do turbocompressor poderá ser a primeira prova a avariar. Sem óleo, o veio ficará sólido no interior. Em casos extremos, quanto mais tempo passar sem lubrificação, mais hipótese há de algo se partir, destroçando o turbo por dentro.
Sem lubrificação, o turbo vai começar a ter peças ou pedaços metálicos soltos no interior, pelo que deverá ser imediatamente substituído. Se não o fizer, estas partículas metálicas passarão pelo sistema de admissão do motor, podendo causar danos ainda mais graves e onerosos que uma simple substituição do motor.
Para impedir avarias e danos, e garantir a lubrificação eficaz do motor, deverá não só fazer a substituição do óleo e dos filtros respeitando a quilometragem de manutenção, como poderá necessitar de cuidados adicionais, incluindo desmontagem e limpeza do reservatório, bomba de óleo e tubagens.

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Um dos objetivos a curto prazo da indústria automóvel é o downsizing, que consiste em reduzir o tamanho dos motores a gasolina para tentar baixar os consumos. Mas como os motores mais pequenos geram pouca força, os construtores automóveis têm recorrido à sobrealimentação, através do turbo, para recuperar a potência perdida sem prejudicar os consumos.

Existem, no entanto, problemas com o uso de turbo em motores de baixa cilindrada, relativamente à eficiência do turbo em baixas rotações, já que não se consegue manter a pressão do ar tão alta, aumentando a quantidade de combustível queimada em cada rotação. James Clarke e Richard Fotsch, dois inventores e fundadores da Bring Acceleration Technologies, oferecem uma solução para o problema, criando um sistema que utiliza um pequeno turbo por cada cilindro, e a sua patente foi reconhecida este ano nos Estados Unidos.

De acordo com o texto da patente, montar um turbo em cada cilindro vai melhorar o aproveitamento do ar recuperado do escape. Com um turbo pequeno por cilindro, estes podem ser montados mais próximos da câmara combustão, reduzindo a distância entre o escape e a admissão, e mantendo o volume de ar numa concentração ideal para extrair um nível de potência elevado a baixa rotação. Também vai contar com uma admissão do turbo mais larga, reduzindo a contra-pressão do escape, baixando a temperatura nos cilindros e contribuindo para uma melhor eficiência da queima de combustível.