Atualmente, já temos os carros elétricos da Fórmula E, monolugares parecidos com as da Fórmula 1, mas equipados com baterias e motores elétricos, muito mais silenciosos e livres de emissões poluentes. No entanto, estes carros só são eficazes em corridas curtas, com menos de uma hora, e não podem ser usados com a mesma eficiência em provas de longa duração, como as 24 Horas de Le Mans. Não só não têm uma autonomia capaz, como não podem recarregar rapidamente as baterias.
A alternativa poderá ser o hidrogénio e a célula de combustível. Estas resolvem o problema do carregamento rápido, e continuam a ser livres de poluição, produzindo apenas vapor de água. O projeto Mission H24 está a ser conduzido pelo ACO, órgão responsável pela organização da corrida de 24 horas, em conjunto com a GreenGT. A empresa francesa criou um protótipo para participar como convidado na prova de 2013, mas o carro não ficou pronto a tempo e nunca foi estrado em competição.
Mesmo assim, o ACO e a GreenGT não podiam deixar essa experiência simplesmente morrer. E com marcas como a Hyundai e Honda interessadas em desenvolver esta tecnologia, a organização da prova francesa está agora a desenvolver um protótipo, que fez a sua estreia pública com uma volta de demonstração em Spa-Francorchamps, na Bélgica. O GreenGT da Mission H24 está equipado com quatro células de combustível, pesando 1420 kg, mas o motor elétrico está preparado para atingir 480 kW (650 cv) de potência. A água gerada pela “queima” do hidrogénio vai ser vendida como garrafas de água, em edição limitada. Embora a classe só vá começar em 2024, até lá terá que cumprir uma série de objetivos, e até 2021 ou 2022 deverá ter que correr em Le Mans como convidado.
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