7 mitos falsos sobre os carros movidos a gás natural

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MFrancisco Portela

Fevereiro 6, 2018

1 - "Não tem a mesma sensação ao volante" Longe da verdade. Na realidade, a sensação de condução é exatamente a mesma, já que o comportamento do motor é o mesmo quando comparado a um carro a gasolina ou gasóleo com a mesma potência.

2 - "O tanque não é seguro" Não há qualquer problema de segurança. O depósito tem que obedecer a certas regras para ser certificado, incluindo uma válvula de segurança para ir libertando o gás em caso de incêndio. Em caso de embate, resiste ao dobro da pressão máxima registada no interior, e o gás natural também não corre o risco de congelar, pois para isso seria necessário uma temperatura de 160 graus negativos.

3 - "Não se pode conduzir em todo o lado por causa da poluição" Pelo contrário, os níveis de emissões são baixos o suficiente para lhe valer a classificação de veículo ecológico, garantindo que pode circular em centros de cidades com acesso restrito. Até dá direito a incentivos fiscais em países como Espanha, Itália e França.

4 - "O carro pára quando fica sem gás" Nada disso. Quando o depósito de gás fica vazio, o carro continua a circular passando a consumir gasolina como um motor normal, pois terá uma autonomia total de 1300 km. Em todo o caso, quando fica sem gás, o condutor é avisado através de uma luz no painel de instrumentos.

5 - "É preciso andar com gás e gasolina ao mesmo tempo" Não é necessário. Desde que vá reabastecendo o gás natural, pode circular indefinidamente com este combustível. Mesmo assim é sempre aconselhável ter gasolina no depósito, quando tiver o gás natural no mínimo e para fazer arranques a frio.

6 - "O carro a gás fica mais caro" O preço de venda ao público de um carro preparado para circular a gás fica muito próximo do equivalente a gasolina ou Diesel. E quando se leva em conta a utilização, fica mais barato, pois o gás natural é cerca de 30 por cento mais barato que o gasóleo e 55 por cento mais barato que a gasolina.

7 - "A manutenção é mais cara" A manutenção de um carro movido a gás é exatamente a mesma que nos outros carros. A única diferença é a necessidade de verificar que o sistema de gás está selado e que o tanque não tem danos. De resto, não há mudanças, e o mito que é preciso mudar de velas e filtros com mais frequência é falso.

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Embora não tenham a mesma penetração de mercado que a gasolina e Diesel, já existe uma quantidade considerável de veículos movidos a combustíveis alternativos a Portugal, incluindo o gás de petróleo liquefeito (GPL), o biodiesel e o gás natural. Este último é mais utilizado em veículos pesados, mas também poderia ser usado como alternativa ao GPL.

O uso do gás natural como combustível para veículos automóveis é promovido em Portugal pela Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (APVGN). O Grupo VW tem vários veículos de fábrica que usam o motor 1.4 turbo com gás natural, incluindo o Audi A3 Sportback, o Volkswagen Golf e o SEAT Leon.

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