Como evitar acidentes à chuva

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Motor 24

Fevereiro 1, 2017

Visibilidade: É fundamental seguir o provérbio 'ver e ser visto'. Com a chuva, detalhes importantes da faixa de rodagem e do ambiente circundante podem ficar escondidos pela sujidade ou pela água acumulada no para-brisas. Além disso, a condensação nos vidros dificulta a visibilidade para o exterior. Pode contornar o problema com o nosso truque para desembaciar os vidros, recorrendo a uma simples batata. Verifique as escovas e garanta que a iluminação do veículo funciona na perfeição.

Guarde distâncias: Pode parecer redundante, mas o piso molhado equivale a uma diminuição da aderência. Assim, é fundamental aumentar a distância de segurança para o veículo precedente. Em caso de travagem brusca, é importante ter espaço para parar o carro em segurança. Circular colado ao 'colega' da frente é aumentar a probabilidade de uma colisão.

Iluminação: Todos os carros novos têm luzes diurnas de circulação para aumentar a sua 'presença' na estrada em condições difíceis. Caso o seu carro não disponha desta novidade, obrigatória nos modelos novos, deve ligar os faróis do seu veículo (também conhecidos como médios), notando que devem estar alinhados de forma a não encandear os condutores em sentido oposto.

Atenção à velocidade: Não é novidade para ninguém que a chuva forma no asfalto uma camada de água que varia com o escoamento da via e com a própria intensidade da chuva que cai. Com o aumento da pluviosidade, formam-se muitas vezes lençóis de água na estrada que tornam a condução mais sensível a golpes bruscos na direção ou a travagens. Quando as rodas deixam de estar em contacto com o asfalto, planando sobre a água, gera-se o efeito de aquaplaning ou hidroplanagem, fazendo com que o carro possa perder o controlo. Manter a calma é essencial, assim como evitar a travagem e mudança de direção. Quanto maior a velocidade, menos tempo tem para prever efeitos dramáticos na condução e na antecipação de eventuais perigos. Tenha em atenção que o tipo de asfalto também resulta em diferentes níveis de aderência.

Pneus: Nunca é de mais reforçar que os pneus são o único órgão em contacto com o asfalto. O seu papel é fundamental na sua segurança. Em Portugal não existe a obrigatoriedade de contar com pneus de inverno e de verão, mas deve ter em conta que há pneus mais adaptados ao tempo chuvoso, oferecendo um equilíbrio assinalável de aderência entre pisos molhado e seco.

Buracos: Outra das preocupações que a chuva pode trazer é a de danos para a suspensão do veículo. Não por efeitos da água, mas sim por buracos que podem estar escondidos pela água estagnada e que podem provocar furos ou desvios na direção.

Modo 'barco': Os lençóis de água com grande profundidade podem ser dramáticos para o motor do carro. Idealmente, o melhor é procurar alternativas no trajeto, mas caso tal não seja possível, vá em frente com cautela. Se a altura da água for considerável (superior à altura dos faróis num modelo como um VW Golf - os SUV têm uma altura maior, mas também precisam de precaução), deve evitar entrar na água para não arriscar que a água entre no motor pela admissão de ar ou pelo tubo de escape. 'Charcos' menos profundos pedem velocidade reduzida, primeira velocidade engrenada e aceleração contínua com rotações elevadas, devendo ainda ter em conta que os metros seguintes devem ser de cautela para se livrar da água que leva consigo na suspensão, sistema de travagem e motor.

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A chegada da chuva pressupõe um aumento da cautela na condução, com uma série de condicionantes a unirem-se para tornar a missão dos condutores mais difícil ao volante. Desde logo, a visibilidade, sendo de fundamental importância obedecer ao princípio de ‘ver e ser visto’.

Depois, é igualmente vital compreender que a dinâmica de condução à chuva é bastante diferente daquela que se tem em piso seco: a aderência é mais reduzida e os lençóis de água podem não ser evidentes, sobretudo à noite.

Veja ou recorde algumas das dicas para chegar ao seu destino em segurança nos dias de chuva.

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