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Segredos dos pneus: O que deve saber deste componente essencial!

1. Como 'ler' um pneu: os mitos em torno do significado das letras e números que surgem no flanco do pneu são muitos, mas tudo se explica rapidamente. Tratam-se de informações do pneu, que vão desde o seu código de homologação (para cada país) à data de construção, passando ainda pelas dimensões do mesmo. Por exemplo, num pneu 215/55 R16, o 215 refere-se à largura (em milímetros) do piso (entre as paredes do pneu); o 55 à relação de série do pneu, ou seja, a altura daquela secção é 55% do valor da largura; o R ao tipo de pneu, neste caso Radial e, por fim, o 17 menciona o diâmetro da jante em polegadas. O índice de carga (peso máximo que pode suportar) e o código de velocidade também estão inscritos no pneu.
2. O pneu é de importância fundamental em termos de segurança: único elemento em contacto com o solo, o pneu tem uma relevância capital para a motricidade do veículo e para a sua capacidade de escoamento de água quando chove, pelo que se deve investir um pouco mais de tempo na análise das características do pneu - hoje mais fácil por via da classificação energética. Pneus low-cost tenderão a ter características... low-cost, podendo pecar em características como a travagem em piso molhado.
3. Atenção à pressão: há quanto tempo não vê a pressão dos pneus do seu carro? Se não o faz há mais de uma semana, saiba que pode já não ter a pressão recomendada pelo fabricante para um correto aproveitamento das potencialidades do pneu. Pancadas em buracos, passeios e o desgaste natural provocado pelo rolamento tornam o pneu mais propenso a perder pressão. Em termos de segurança, podem perder eficiência no escoamento de água em pisos molhados (uma vez que os sulcos ficam menores), mas também podem aumentar o consumo do veículo e o nível de ruído.
4. Redondo? Nem por isso: um pneu poderia parecer redondo, mas na verdade tal não é verdade. Um pneu não é 100% redondo, mas sim toroidal. Se no mundo perfeito isso deveria ser uma realidade, a prática dita uma grande dificuldade para produzir um pneu totalmente redondo devido a várias fases de produção que apenas resultam no formato toroidal perto do processo de elaboração do pneu.
5. Tipos de pneu: existem quatro tipos de piso, que vão do simétrico (no qual a partir de uma linha de eixo longitudinal imaginária, há uma simetria entre ambos os lados), ao assimétrico (com duas metades distintas, a exterior mais para piso seco e a interior para piso molhado), passando ainda pelos pneus de piso direccional (de aparência mais desportiva e mais eficaz no escoamento da água, com sentido de rotação obrigatório, mas mais ruidoso) e composto (que requer diferenciação entre pneus esquerdos e direitos e um pneu para cada sítio específico). Também há uma diferença entre pneus de verão e de inverno, com estes últimos a serem obrigatórios em países onde o inverno é mais duro. Em Portugal, tal não se aplica.
6. Quantas camadas? No total, um pneu tem cinco componentes essenciais: piso, ombros (ligação entre o piso e as laterais), paredes, talão (que une o pneu à jante e mantém o ar no seu interior) e revestimento butílico (revestimento interno do pneu que mantém o ar 'selado').
7. Um pneu é sempre igual ao longo da sua 'vida': este é o maior dos mitos. Um pneu vai perdendo a sua eficácia gradualmente com o passar dos quilómetros. O seu estado pode, no entanto, ser agravado com pancadas sucessivas em buracos fundos ou lancis dos passeios. Legalmente, contudo, um pneu tem de ser substituído ao cabo de dez anos para garantir a segurança dos ocupantes do veículo.

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São muitas vezes os elementos mais descurados no visual de um carro, mas é neles que reside a parte mais importante das performances de qualquer veículo: mesmo que pareçam apenas um objeto redondo, com ar dentro de borracha grossa, os pneus são muito mais do que isso, escondendo no seu desenho muitos anos de engenharia e uma série de elementos que poderão passar ao lado dos mais distraídos.

Na verdade, sendo o único elemento que liga o automóvel ao asfalto, o pneu acaba por ser um dos componentes fundamentais – se não mesmo o mais importante – num veículo. Existem alguns aspetos que deveria conhecer sobre os pneus – os seus e o objeto, na sua generalidade – para que possa ter maior cuidado no momento, por exemplo, de escolher um novo conjunto para o seu carro.

Saiba, ainda, que os pneus têm uma franja de utilização ideal entre os quatro e os oito milímetros, sendo que a legislação portuguesa aponta para uma profundidade mínima de 1,6 milímetros. Abaixo desse limite, arrisca-se a uma multa no caso de verificação pelas autoridades. Por conseguinte, também não passará na Inspeção Periódica Obrigatória (IPO).

A razão prende-se a com a necessidade de escoamento da água por parte dos pneus: em dias de chuva, a água no asfalto é escoada através dos sulcos dos pneus, assim se explicando os seus padrões de desenho na superfície. Para escoarem a água, os sulcos têm que ter uma profundidade adequada, sob o risco de se desenvolver a condição de aquaplaning.