“Vamos tornar a eletricidade tão barata que só os ricos queimarão velas”. A frase, de Thomas Edison, aplicada à era da revolução elétrica na mobilidade, pode significar exatamente isso. Uma mudança de paradigma energético. Um mundo que se move a gasolina e gasóleo, passará a mover-se a eletricidade. Um mundo que se move a combustíveis fósseis, com as consequentes emissões e pegada de carbono, passará a mover-se a energias mais limpas e eficientes.
Mas, isso só será possível, tal como no tempo de Edison, quando conseguirmos produzir e comercializar mobilidade elétrica tão barata, que só os ricos queimarão gasolina.
A era da mobilidade elétrica, quer seja do transporte individual, quer seja do transporte comercial ou coletivo, é um tremendo desafio, mas já deixou de ser uma matéria de mero debate nas redes sociais entre entusiastas da mobilidade elétrica e os seus detratores. O carro elétrico, por exemplo, já nem sequer é uma miragem. É uma inevitabilidade. Prova disso é que os principais construtores de automóveis do mundo se preparam para lançar dezenas de novos modelos elétricos e gastar biliões na investigação.
Resta apenas saber a velocidade com que esta transição de paradigma energético será feita e as consequências que esta revolução trará para a economia, para a geopolítica e para a vida das pessoas. Mais uma vez, será o impulso económico, temperado com preocupações e políticas ambientais, a ser o motor desta transição. A descarbonização da economia está a começar a ser uma nova atividade económica e é isso é o melhor garante de que ela vai mesmo acontecer. Brevemente os carros elétricos terão autonomia alargada, carregamentos rápidos, preços acessíveis e condições vantajosas de aquisição e circulação. Quando isso acontecer, a era dos combustíveis fósseis no mundo da mobilidade terá os seus dias contados.
Brevemente os carros elétricos terão autonomia alargada, carregamentos rápidos, preços acessíveis e condições vantajosas de aquisição e circulação
Obviamente que muitas interrogações e obstáculos se colocam neste inexorável caminho, como se colocaram no início do séc. XX à massificação e democratização do automóvel. Muitas das consequências e dos efeitos colaterais da automatização e eletrificação do automóvel estão ainda por medir. Dos recursos energéticos, às matérias primas, como o lítio, passando pelo colossal esforço de infraestruturação das redes viárias e das próprias cidades. Mas uma coisa é certa, este caminho é já irreversível.
A nova era da mobilidade é um dos temas mais disruptivos e apaixonantes dos próximos anos. Mobilidade inteligente é uma mobilidade que poupa tempo às pessoas, recursos às organizações e governos e impactos ao planeta. É uma nova era para uma mobilidade mais feliz.
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