Duelo pelo título de ralis em palco algarvio

02/11/2020

Armindo Araújo e Luís Ramalho (Skoda Fabia Evo) lideram o CPR
A luta pela conquista do título nacional absoluto de ralis ficou reservada, a Armindo Araújo e Bruno Magalhães após o Terras de Aboboreira.

O triunfo categórico do piloto do Skoda Fabia Evo na prova do Clube Automóvel de Amarante (CAA) provocou a permuta de posições no topo do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), antes da derradeira jornada em solo algarvio (dias 14 e 15 de novembro).

.A vantagem conquistada por Armindo Araújo é escassa, o que levou o piloto da equipa The Racing Factory a referir ao MOTOR 24, no final do rali nortenho – nota elevada para a organização do CAA em tempos tão difíceis e de grande incerteza – que «não há muito a gerir».

Na verdade, a diferença é de 8,88 pontos (reais), uma vez que os pilotos da frente do CPR prescindirão, certamente, da pontuação registada no Vidreiro/Centro de Portugal de má memória.

«Quem ficar à frente do outro, é campeão», sublinhou Armindo Araújo, que prometeu: «vamos com tudo, com o espírito de lutar pela vitória e esperar pela estrelinha da sorte, que também é importante».

A dupla Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20) é vice-líder do CPR

O facto de o Rali Casinos do Algarve não ser em piso de terra deixa Bruno Magalhães mais confiante.

O piloto do Team Hyundai Portugal recordou ao MOTOR 24 que «temos sido competitivos em asfalto, Sabemos que continua tudo em aberto, e pode dar-se o reverso da medalha. Há pontos bónus em jogo, incluindo a power stage e vamos para tentar ganhar», adiantou o piloto do Hyundai i20.

Neste duelo pelo título, poderão intrometer-se outros pilotos, nomeadamente Ricardo Teodósio. O ainda campeão nacional correrá em casa e quer despedir-se do título com uma vitória.

«Na minha terra, a música vai ser outra», promete o piloto algarvio.

O passo (quase) decisivo de Daniel Nunes nas 2 RM

O título das 2 Rodas Motrizes (2 RM) está cada vez mais ao alcance da dupla da Inside Motorsport, Daniel Nunes/Nuno Mota Ribeiro (Peugeot 208 R2).
Daniel Nunes e Nuno Mota Ribeiro (Peugeot 208 R2) têm quase na mão o título das 2 RM

O triunfo, alcançado in extremis, no Terras de Aboboreira, foi difícil, muito suado e arrancado a ferros apenas no último troço».

O piloto referiu que «imprimimos um ritmo forte desde o início e andámos sempre na luta pela vitória. Numa prova com apenas seis troços, sabíamos que tínhamos de dar o máximo em todos».

Daniel Nunes recordou que «entrámos para a última especial a apenas 1,2segundos da liderança, fomos à luta, vencemos a especial e ganhámos com 3,2 segundos de vantagem».

No entanto, Nuno Mota Ribeiro não deita foguetes antes da festa: «vamos encarar o Rali Casinos do Algarve com a máxima concentração, pois até ao lavar dos cestos é vindima».

Ricardo Sousa arrumou o título júnior

A uma prova do final do CPR, Ricardo Sousa, em dupla com Luís Marques, conquistou o título júnior.

Ricardo Sousa, em dupla com Luís Marques no Peugeot 208 R2, conquistou o título junior

O piloto do Peugeot 208 R2 da equipa Prolama sublinhou que «tão importante como as conquistas, foi o andamento que conseguimos imprimir durante todo o ano e a confiança que ganhámos, o que me deixa motivado para novas conquistas», referiu o jovem campeão.

Lucas Simões: o jovem campeão que veio das motos

Depois de oito anos a competir nas motos, na modalidade de trial, Lucas Simões fez a sua estreia, em 2016, nos automóveis, mas só na época seguinte realizou uma temporada completa nos ralis, ao volante de um Renault Mégane RS.

Duas s épocas depois, Lucas Simões optou pelo Misubishi Lancer Evo VI. Em 2019, sagrou-se vice-campeão Norte e este ano conquistou o título.
O jovem bracarense Lucas Simões com Simplício Gonçalves no banco do lado direito do Mitsubishi lancer Evo VI conquistou o Campeonato Norte de Ralis

Aos 22 anos, Lucas Simões, com Simplício Gonçalves ao lado no Mitsubishi Lancer Evo VI, conquistou o Campeonato Norte de Ralis, com quatro vitórias em cinco provas.

«Na caminhada para este título, passámos em troços e locais onde eu costumava ver todos os anos o Rali de Portugal, em Fafe ou Amarante. São momentos que tornam tudo mais especial», referiu o jovem campeão.

«Penso que fomos bastante consistentes ao longo da época, cumprindo sempre os objetivos que traçámos prova a prova e só falhámos a vitória no Rali Alto Tâmega porque tivemos um problema mecânico», recordou o jovem piloto bracarense.

Depois de oito anos a competir nas motos, na modalidade de trial, Lucas Simões fez a sua estreia em 2016 nos automóveis em 2016, mas só na época seguinte realizou uma temporada completa nos ralis, ao volante de um Renault Mégane RS.

Duas s épocas depois, Lucas Simões optou pelo Misubishi Lancer Evo VI. Em 2019, sagrou-se vice-campeão Norte e este ano conquistou o título.

Vítor Pascoal e a estreia positiva do N5

O regresso, três anos depois, aos pisos de terra, foi estimulante para Vítor Pascoal, O bicampeão nacional de ralis GT deixou o Porsche 911 GT3 e estreou o Nissan Micra N5 da espanhola RMC Motorsport.

«Foi uma espécie de teste em competição pois esta unidade não tinha feito qualquer rali de terra e não tinha um set-up base para estas condições», explicou o piloto do Baião Rallye Team.

Vítor Pascoal, com Ricardo Faria ao lado, ficou entusiasmado com a estreia do N5

«Alterámos a afinação da suspensão para a secção da tarde, mas precisávamos de ter efetuado um verdadeiro teste antes da prova, pois foi uma mudança demasiado radical e o carro ficou muito duro», referiu.

No entanto, o balanço foi positivo:

«Diverti-me bastante e senti que o carro tem potencial para explorar. Era possível ter sido mais rápido, se tivéssemos uma base de afinação adequada para a terra. Gostava de repetir a experiência no futuro», acrescentou Vítor Pascoal, que participou na prova do Campeonato Norte de Ralis, em que foi o mais rápido, mas sem contar para a classificação oficial.