Rali de Mortágua: Ricardo Teodósio faz dieta para vencer

01/05/2019

Ricardo Tedósio traçou plano para evoluir como piloto e está a seguir à risca plano ambicioso (Foto António Silva/Zoom Motorsport)
Decidido a ser campeão nacional esta temporada, objetivo que falhou por pouco em 2018, Ricardo Teodósio não olha a sacrifícios para concretizar tal objetivo.

E, se por um lado, abdicou de uma condução mais espetacular, de um estilo que entusiasma os espetadores, por outro imprimiu maior racionalidade na tarefa que propõe cumpri com êxito esta época.

O Rali de Mortágua (dias 3 e 4 de maio) é mais um teste ao trabalho meticuloso que o piloto do Skoda Fabia R5 preparado pela ARC Sport vem desenvolvendo nos bastidores desde o defeso..

Aliás, os resultados surgiram já no início desta edição do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), com o triunfo no Serras de Fafe e o 3.º lugar nos Açores entre os participantes naquela competição.

Para tal, recorreu na pré-época, aos serviços do francês Eric Camilli, ex-piloto oficial da Ford, no sentido de tornar mais eficaz a técnica de condução.

Todavia, esse foi apenas um dos aspetos desse trabalho metódico: iniciou dieta alimentar, o que para o coproprietário de um dos restaurantes mais emblemáticos da zona de Albufeira foi desafio de monta…

A ementa passou a ser «mais frango e redução de outro tipo de carnes», adiantou, com visível humor, Ricardo Teodósio, conhecido, precisamente, como «rei dos frangos».

A dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skofa Fabia R5) começou a época a ganhar ao vencer em Fafe

Outro facto curioso correu no último Rali Serras de Fafe, quando Dani Sordo consultava a tabela de tempos pretendeu saber quem era um ‘tal’ Teodósio.

«“Quando conversámos e eu disse-lhe que tinha um restaurante. A partir daí passou a tratar-me por ‘cozinheiro voador’. O Sordo é uma pessoa impecável, um tipo normal com quem se fala na boa…», recordou o piloto algarvio.

O facto de sentir necessidade de planear da forma mais profissional possível a nova temporada — «precisava de ajuda externa, de alguém que me viesse abrir os olhos, poi sentia que tinha de conduzir de uma maneira diferente» — levou Ricardo Teosdósio a optar pro outra via.

«Agora, ando ainda mais atravessado do que no passado. Já melhorei muito, depois das sessões com o Camilli, mas ainda estou em fase de evolução. Digamos, que ainda não coloquei no terreno tudo aquilo que aprendi, pois persistem pequenos vícios anteriores, que têm de ser eliminados aos poucos. Não é fácil uma mudança radical de um momento para o outro», confessou o atual vice-líder do CPR.

A ajuda do francês Éric Camilli

Na decisão de recorrer a ajudas para aprimorar a condução, tornando-a mais eficaz para conquistar bons resultados, Teodósio pensou em pilotos nórdicos, mas a escolha acabou pro recair num francês…

da à “ajuda externa” para potenciar, em termos de resultados, o nível da sua pilotagem em pisos de terra, Ricardo Teodósio pensou em pilotos da “escola” nórdica, mas acabaria nas mãos de um francês…

«Tentámos trazer ao Algarve um finlandês, mas não conseguimos, por falta de disponibilidade. O britânico Craig Breen, que até possui casa em Albufeira, foi outra das hipóteses, mas também tinha compromissos. O Eric Camilli estava disponível, veio, e gostei bastante da experiência com ele e da ajuda que me prestou».

Foi o princípio de uma colaboração que vai continuar, mas noutros palcos, como adiantou Ricardo Teodósio:

«Dentro em breve vamos repetir as sessões, mas agora nos pisos de asfalto».

Ricardo Teodósio, embaixador do Algarve nos ralis, a trabalhar com muito sentido profissional para lograr alcançar objetivo que é um sonho: ser campeão nacional de ralis. Mortágua é o próximo desafio.

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