A prova, organizada pelo CAMI Motorsport, nas estradas da região de Chaves e de Boticas nos dias 29 (sábado) e 30 (domingo) de agosto, é a 4.ª a contar para o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) e pontua ainda nos Campeonatos de Portugal de GT e de Clássicos; Campeonato Norte, Challenge R2&You e Peugeot Rally Cup Ibérica
Com o CPR ao rubro, em termos de competitividade, após o Rali Vinho da Madeira, que fechou o ciclo inicial de três provas, esta edição do Alto Tâmega promete reeditar os duelos do passado, travados ao segundo: Joaquim Santos (Ford Sierra Cosworth) venceu, em 1987, por 2 segundos, face a Manuel Mello Breyner (Renault 11 Turbo) e, em 1992, Fernando Peres, já campeão de grupo N, estreou-se ao volante do Ford Sierra 4X4 com vitória por 1 segundo frente a Carlos Bica (Lancia HF Integrale 16V).
O aliciante fator novidade
Quase três décadas volvidos sobre o duelo épico de 1992 entre Fernando Peres e Carlos Bica, é com acrescida expectativa que os pilotos vão abordar um rali desconhecido.
Para Armindo Araújo (Skoda Fabia Evo), líder do CPR (88,94 pontos), «vai ser desafiante. Ninguém tem referências e, portanto, será uma folha em branco para todos. Será muito interessante em termos competitivos, dado o grande equilíbrio de forças entre os pilotos da frente», sublinhou o piloto de Santo Tirso, que tentará fazer esquecer o desempenho menos positivo no rali madeirense.Recente vencedor, em termos de CPR, do Rali Vinho da Madeira, Bruno Magalhães (Hyundai i20) revela:
«Estou muito curioso; aliás, defendo que todos os anos deviam surgir ralis novos no campeonato. O meu objetivo é vencer em Chaves, mas toda a gente vai andar a fundo, tenho a certeza, na luta pelos primeiros lugares», referiu o vice-líder do CPR, a 1,63 pontos do topo.
Pouco feliz esta temporada, o atual campeão nacional, Ricardo Teodósio (Skoda Fabia Evo). 3.º do CPR (56,78 pontos) confessa que «faz-nos falta uma vitória esta época, pois não quero perder o barco…».
Confiante, apesar de tudo, o piloto algarvio sublinha que «temos todas as capacidades para ganhar ralis, e espero que, desta vez, corra tudo bem. Este é um rali com troços grandes e rápidos, com um figurino novo para todos, mas uma prova sprint, que tem de ser disputada sempre ao ataque. O traçado não é muito aliciante, mas queremos ganhar, embora a concorrência seja forte».
«Só tenho um objetivo que é ganhar, pois apenas dessa forma terei hipóteses de lutar pelo título», sublinhou o 4.º classificado (51,26 pontos) do CPR.
Para o piloto do Porto, «esta é uma prova nova no campeonato, um nome histórico e é importante ter essas competições emblemáticas no nosso calendário».
Entre os out-siders contam-se, entre outros, Pedro Meireles (VW Polo GTI), o regressado João Barros (Citroën C3) e Miguel Correia (Skoda Fabia).
Daniel Nunes quer manter liderança nas 2 RM
«Este é mais um desafio. Trata-se de um rali novo para nós, mas sabemos que além do desconhecimento da prova, vamos ter também uma forte concorrência, com carros superiores ao nosso. Não vamos entrar em loucuras», promete o piloto do Peugeot 208 R2.
Peugeot Rally Cup Ibérica com 16 inscritos
A Peugeot Rally Cup Ibérica, competição monomarca que estreia o Peugeot 208 R4, apresenta 16 inscritos, com os espanhóis em maioria.
Pedro Antunes é totalista, pois marca presença desse 2018, e um dos favoritos. O piloto de Torres Vedras, o mais promissor dos novos valores, atravessa bom momento e pode travar duelo animado com Pedro Almeida, esta época apostado em nova fase da carreira, tal como sucede com Paulo Caldeira.
A estreia da nova Peugeot Rally Cup, com duas provas em Portugal (Alto Tâmega e Vidreiro) e igual número (Princesa de Astúrias e Catalunha) promete luta bastante cerrada pela discussão da vitória.
Seis classificativas em duas etapas
O rali terá o seu centro nevrálgico no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, onde vão funcionar o secretariado e também o parque de partida de cada uma das etapas e o parque fechado.
O parque de assistência estará localizado no aeródromo de Chaves.
Na manhã de sábado (08.45 horas), os pilotos do CPR terão oportunidade de fazer os últimos acertos na afinação dos seus carros em duas passagens do shakedown no troço de S.Pedro de Agostém-Chaves (3,9 km), igualmente, palco da qualificação (10.38 horas).
Os dez pilotos mais rápidos nessa qualificação escolherão a ordem de partida para o primeiro dia de prova, que inclui, à tarde, uma passagem por Alto Tâmega (15,06 km) e Chaves (18,72 km).
No domingo, haverá dupla passagem por Chaves/Boticas (19,40 km) e Boticas (14,93 km), sendo esta última a power stage, que concede pontos bónus aos mais rápidos.
Programa
Sábado (29 agosto)
Partida: Parque Nadir Afonso/Chaves –15.30 horas
PEC 1 – Alto Tâmega (15,06 Km) — 16.10 horas
PEC 2 – Chaves (18,72 km) — 16.53 horas
Final: Parque Nadir Afonso/Chaves — 18.35 horas
Domingo (30 agosto)
Partida: Parque Nadir Afonso/Chaves – 09.00 horas
PEC 3 – Chaves/Boticas-1 (19,40 km) – 09.48 horas
PEC 4 – Boticas-1 (14,23km) – 11.09 horas
PEC 5 – Chaves/Boticas-2 – 13.15 horas
PEC 6 – Boticas.2 (Power Stage) – 14.36 horas
Final: Parque Nadir Afonso/Chaves – 15.39 horas
Saber mais em:
https://www.cami.pt/
https://www.fpak.pt/