Rali Fafe Montelongo: Maratona de 13 horas recupera VW Polo de Oliver Solberg.

03/10/2020

Com o VW Polo GTI R5 recuperado, Oliver Solberg alinhou á partida do rali (Foto t-world/ERC)
O jovem sueco Oliver Solberg, protagonista de aparatoso despiste no shakedown, que deixou o VW Polo GTI em muito mau estado, o que gerou muitas dúvidas em relação à recuperação do carro, alinhou à partida do rali Fafe/Montelongo.

Uma maratona de 13 horas e 20 minutos conseguiu o milagre da recuperação do carro, trabalho que contou com qualificada mão-de-obra portuguesa.

Marco Moreiras, um dos elementos mais experientes da equipa e homem de confiança de Petter Solberg, graças aos seu vasto currículo, em que constam, nomeadamente, várias épocas na X-Raid e na equipa oficial da VW no Mundial de Ralis, confessou:

«Quando vi o carro pela primeira vez, pensei que era missão impossível. Mandámos o piloto e navegador para o hotel descansar e começámos a tentar reconstruir toda a secção traseira do carro. Até o Petter (Solberg) e a esposa (Pernilla) trabalharam connosco durante a noite. Ao todo, foram 13 horas e 20 minutos de trabalho, muito tempo à marreta!», descreveu o mecânico português.

Quando acordaram, Oliver Solberg e Aaron Johnston tinham um carro praticamente imaculado à sua espera. O Polo GTi R5 foi depois alvo de uma inspeção dos comissários técnicos da FIA, que validaram as condições de segurança do carro alemão e permitiram à dupla alinhar no primeiro troço.

Oliver Solberg ficou a um décimo de Lukyanuk, que venceu o troço à média de 116.8 km/hora!

«Os mecânicos fizeram um trabalho fantástico! Trabalharam a noite toda sem descanso», referiu o jovem piloto nórdico.

Apenas um caso positivo em 288 testes à Covid

A organização do rali, a cargo do Demoporto/Clube de Desportos Motorizados do Porto, de modo a agilizar o cumprimento do Anexo S da S da FIA, relativo ao Código de Conduta da Covid-19, contou com a colaboração da Cruz Vermelha Portuguesa/delegação de Braga, que efetuou 288 testes, no centro nevrálgico da prova, em Fafe.

Na sala de imprensa, em Fafe, as normas sanitárias preconizadas pela FIA têm sido cumoridas à risca (Foto t-world/ERC)

Pilotos, mecânicos, membros da organização e até chefes de cozinha passaram pela ambulância estacionada junto do secretariado do rali para realizar o teste rápido de rastreio do antigénio da Covid e receberem, em caso de resultado negativo, luz verde para desempenhar as suas funções no decurso desta prova do Campeonato da Europa.

O resultado é apresentado no espaço de 15 minutos, sendo que a fiabilidade do mesmo está avaliada em 93%.

Das 288 pessoas testadas até ao princípio da tarde de sábado – a equipa da Cruz Vermelha estará em funções até às 20h00 de domingo – surgiu apenas um resultado positivo.

Após ter recebido a respetiva notificação, a pessoa infetada, de acordo com o protocolo sanitário, deixou de imediato o rali.

O teste Covid com resultado negativo é exigido aos elementos que desempenhem funções nas zonas mais críticas definidas pela FIA como de Alta Densidade pelo Código de Conduta da Covid: Secretariado (membros da organização, jornalistas e autoridades desportivas) e Parque de Assistência (pilotos, mecânicos, diretores de equipas, fotógrafos e demais elementos).

De referir que alguns elementos estrangeiros (pilotos, mecânicos e diretores desportivos) vão repetir o teste para, no regresso aos respetivos países evitarem a obrigatoriedade de uma quarentena.

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