O piloto madeirense do Skoda Fabia conquistou um triunfo sem mácula e concretizou um sonho, objetivo que lhe fugira nos últimos anos.
Entre os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Bruno Magalhães (Hyundai) foi o melhor e terminou no 4.º lugar da geral um rali em que esteve sempre em pleno de superioridade face aos seus adversários mais diretos.
A história do derradeiro dia da prova insular teve Pedro Paixão como protagonista: o madeirense do Skoda Fabia entrou ao ataque, venceu as duas primeiras classificativas, reduziu para 7,0 segundos a diferença para o líder, mas acabou por ser traído pelo motor, que fiou a trabalhar em três cilindros. Com 12,3 segundos perdidos na especial de Rosário – troço negro, onde teve percalços e azares nos dois últimos — Paixão baixou para o 3.º lugar e já não saiu do parque de assistência.
Na frente, Miguel Nunes ficou mais folgado e geriu a vantagem para Alexandre Camacho (Citroën C3), que teve de contentar-se com o 2.º lugar após três vitórias consecutivas.
Com esta dobradinha, os madeirenses mantiveram uma supremacia que dura há quatro anos no duelo com os melhores pilotos do continente.Sem o brilhantismo do ano passado, em que teve estreia de grande nível na Madeira, coroada com o 2.º lugar, o campeão espanhol Jose Maria Lopez completou o pódio, mas tardou em encontrar as afinações ideias para o Citroën C3.
Apostado em impor-se no CPR, Bruno Magalhães (4.º da geral) concretizou tal desiderato: neste domínio, venceu nove classificativas, incluindo a power stage. Um prémio acrescido traduzido em mais pontos para o piloto do Hyundai i20, um carro «que esteve sempre em perfeitas condições e nos permitiu imprimir um ritmo forte desde início», sublinhou o piloto.
O 5.º lugar foi prémio para o bom desempenho do regressado João Silva. O madeirense teve estreia muito positiva com o Skoda Fabia e terminou na frente de um trio de candidatos ao título nacional: José Pedro Fontes (Citroën C3) concluiu a prova no 6.º lugar, 2.º do CPR, a 25,8 segundos de Bruno Magalhães; Armindo Araújo (Skoda Fabia), com mais 40,9 segundos, e Ricardo Teodósio (Skoda Fabia), a 1.07,9 minutos.
José Pedro Fontes esperava mais, mas confessou que «demos o nosso melhor e conseguimos um bom resultado em termos de campeonato. O sexto lugar final fica longe dos nossos objetivos, mas a verdade é que em termos globais acaba por significar um relançar da luta pelo título e esse é o nosso objetivo principal».
A dupla josé Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3) terminou no 2.º lugar do CPRA exemplo do que sucedera o ano passado, Armindo Araújo voltou a não ser feliz na Madeira de vido a um problema no diferencial traseiro.
«Não foi um rali nada fácil, mas ainda assim conseguimos um lugar no pódio que nos permite manter a liderança do campeonato, que era o nosso principal objetivo», referiu o piloto de Santo Tirso.
«Fizemos um excelente trabalho na preparação desde rali, mas um problema mecânico, desde o início, fez com que não pudéssemos usar a melhor afinação no Skoda», sublinhou Armindo Araújo.
O atual detentor do título máximo, Ricardo Teodósio (Skoda Fabia), não conseguiu melhor que o 8.º lugar da geral (4.º em termos de CPR).
Pedro Meireles (VW Polo GTI) e o madeirense Filipe Freitas (Porsche 991 GT3 Cup), vencedor da categoria RGT, completaram o top 10.
Outro madeirense, Vítor Sá (Citroën DS3) impôs-se nasduas rodas motrizes.
Miguel Nunes liderou de início a fim e venceu metade das classificativasClassificação
2.º Alexandre Camacho/Pedro Calado (Citroën C3), a 13,1 segundos
3.º Jose Maria Lopez/Borja Rozada (Citroën C3), a 24,0 segundos
4.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20), a 34,2 segundos
5.º João Silva/Vítor Calado (Skoda Fabia), a 39,7 segundos
Campeonato
1.º Armindo Araújo, 88,94 pontos
2.º Bruno Magalhães, 87,31
3.º Ricardo Teodósio, 56,78
4.º José Pedro Fontes, 51,97
5.º Pedro Meireles, 29
Próxima prova: Rali Alto Tâmega, dias 29 e 30 de agosto
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