Novidade é a integração da prova no calendário Slowly Sideways Europe, em que figuram alguns dos mais emblemáticos rally-legends mundiais, como é o caso do Eifel Rallye Festival; Alsaces Rallye Festival e Rallye Festival Valles Pasiegos.
A ascensão da prova nortenha ao galarim deste tipo de ralis comprova em absoluto a evolução e notoriedade alcançadas pelo Spirit.
A edição deste ano volta a ter como palco os concelhos de Barcelos Vila Nova de Gaia e Porto, mas decorrerá de acordo com o rigoroso plano de contingência de saúde pública, ao abrigo do plano de contingência traçado pela FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting), no âmbito da pandemia Covid-19, para proteção das equipas, público e restantes intervenientes.
«Tempos excecionais exigem ralis de exceção» é, desse modo, o lema do rali cuja realização não se afigurou fácil. Uma decisão difícil de tomar, quando o caminho mais simples seria o da anulação.
Todavia, após elevada ponderação, a organização e as câmaras municipais envolvidas deram luz verde à viabilização do RallySpirit 2020, ainda que plenamente conscientes que, uma evolução negativa ou agravamento da situação da saúde pública, durante os mais de três meses que faltam para a prova se disputar, poderá condicionar, em definitivo, a sua realização em 2020.Barcelos é o centro da prova
Neste ano de especial contenção e prudência, não está prevista a presença de um piloto internacional de topo, a exemplo do que aconteceu com Miki Biasion (2016); Ari Vatanen (2017); François Delecour (2018) e Stig Blomqvist (2019).
No entanto, tal ausência não significará menos emoções na estrada, uma vez que a organização da X Racing volta a prometer um parque automóvel muito exclusivo, com um bom número de unidades de Grupo B.
Quanto ao esquema competitivo idealizado pela X Racing e CAST (Clube Automóvel de Santo Tirso), a principal alteração tema ver com a mudança do centro nevrálgico, que passa a estar localizado em Barcelos, cidade onde a prova terá início e final.
Para Pedro Ortigão, um dos responsáveis da X Racing, «a viabilização do RallySpirit 2020 representa um grande esforço da nossa parte e foi devidamente ponderada por todos, com a consciência de que, a três meses da prova, ou avançávamos agora ou teríamos de adiar o evento para 2021».
A organização assumiu o risco, já começou a trabalhar nesta sexta edição, em que será muito importante cumprir e fazer cumprir as medidas excecionais de saúde pública que estiverem em vigor, de forma a garantir a segurança de todos.
De qualquer modo, Pedro Ortigão admite que poderá ter de engrenar a marcha e adianta que «estaremos, naturalmente, atentos ao evoluir da situação e, em caso de força maior, também estamos preparados para voltar com a decisão atrás e inviabilizar o evento este ano».