
O pai, o saudoso António Cruz Monteiro, cofundador do NDML e do Team Leiriauto, em que fez dupla histórica com o carismático Ramiro Fernandes, transmitiu aos filhos Ana e António esse gosto pelos ralis.
Ainda jovem, na casa dos 20 anos, António Cruz Monteiro filho estreou-se nos ralis como piloto, mas em 2006 pendurou as luvas e o capacete, culminando três épocas consecutivas de participação no Troféu Peugeot 206 GTI.
O regresso ao patamar superior dos ralis nacionais e logo ao volante de um R5, aconteceu no último Vidreirao/Centro de Portugal, após estreia no regional Vila Medieval de Ourém ao volante de um Peugeot 208 T16 R5.
No banco do lado direito sentou-se a irmã Ana Cruz Monteiro, também já experiente nestas andanças.
«A ideia foi do meu irmão, que estava parado desde o final do Troféu Peugeot 206. O bichinho estava lá e por isso quis regressar, mas com uma máquina, minimamente, competitiva», explicou ao Motor 24.A opção pelo Peugeot 208 T16 R5 ganhou forma de sonho, felizmente concretizado, graças às economias feitas ao longo de anos. A escolha do carro ficou a dever-se, em grande parte, à ligação profissional do meu irmão à marca francesa», referiu Ana Cruz Monteiro.
Quanto ao plano traçado, adiantou que «a intenção é fazer ralis na região de Leiria, onde estão situados os patrocinadores, e passar bons momentos».
Aos 50 anos, cabelo já grisalho, António Cruz Monteiro mantém a postura calma de sempre. «O carro é melhor que o piloto», gracejou durante uma pausa do recente rali Vidreiro/Centro de Portugal. «É o mais fraco desta geração R5, mas chega bem para o que pretendo e dá para divertir», referiu em tom mais sério.
Mesmo com tal disposição na hora do regresso à competição, «após treze anos de paragem», é bom sublinhar, o piloto de Leiria vai enviar a caixa de velocidades para a fábrica», de forma a encarar outras participações sem sobressaltos de maior.