O fator Dani Sordo, piloto oficial da Hyundai, suscetível de arrastar uma legião de fãs espanhóis e a presença dos melhores pilotos nacionais, com destaque para o regresso de Bruno Magalhães e a estreia de novos carros torna muito especial esta verdadeira gala de abertura.
Perante uma sala repleta, Ni Amorim, presidente da FPAK abriu a sessão, sublinhando a importância desta prova no contexto nacional,
«É o primeiro rali do Campeonato e por isso, o que se passa em Fafe, serve de barómetro para o resto da época. O ano passado foi assim, pois chegámos ao Algarve, praticamente o mesmo número de carros que tivemos em Fafe e com três pilotos a disputarem o título».
A presença de Dani Sordo ao volante de um Hyundai i20 R5 foi, naturalmente, enfatizada pelo presidente federativo, por se tratar de «uma referência para os portugueses. Contamos ter ainda mais espetadores espanhóis do que o normal o se traduz em maior notoriedade a nível internacional. Tudo isto é bom para o rali, para o desporto, para a região e para a economia».
Ni Amorim não deixou, todavia, de assinalar a importância do capítulo segurança, «algo que nos preocupa bastante».Na mesma tecla insistiu Carlos Cruz, diretor de prova. O responsável do Demoporto, clube organizador, ciente do problema, referiu:
«Sabemos que, onde está o Sordo, acorrem, normalmente, muitos espanhóis e assim teremos de reforçar segurança» e lançou apelo aos órgãos de comunicação social no sentido de consciencializarem os espetadores para adotarem um comportamento adequado no decorrer de um rali muito bem conhecido de todos. De tal modo, que Carlos Cruz lançou mesmo um desafio:
Mais troços em terra, precisam-se!
«Em Fafe, já não há mais terra para explorar. Os últimos 800 metros de terra que anda não tinham sido utilizados, vão ser integrados no shakedown; por isso, faço um apelo ao senhor Presidente da Câmara, para ter mais troços», referiu, bem humorado, Carlos Cruz.
O presidente do Município de Fafe, Raul Cunha explicou as razões que levaram à alteração do traçado da especial noturna neste terceiro ano de realização da chamada «street stage».
«É uma prova muito bem aceite, trouxe muitos visitantes a Fafe, embora tenha criado algumas perturbações no funcionamento da cidade. Por isso, traçámos um percurso que traz o rali ao centro da cidade, mas não perturba o seu bom funcionamento».
O autarca sublinhou que «este ano, a Fafe Street Stage passa mais perto do parque da cidade e dessa forma deixa o centro mais livre, para que a cidade funcione». e acreditamos que o espetáculo não vai sair prejudicado.”
Para Raul Cunha, «a aposta do município nos ralis como forma de promoção turística tem sido ganha. Temos um conjunto de troços estimulantes e com um fator de atratividade especial», sublinhou.
A 32.ª edição do Rali Serras de Fafe tem início na 6.ª feira (dia 22 de fevereiro) com dupla passagem por Luílhas (12,82 km) e Fafe Street Stage (2,05 km).
No sábado, Ruivães (9,65 km), S. Pedro (8,02 km) e Aboim/Rio Vizela (10,32 km) por duas vezes, antes da secção final, com os clássicos Montim (8,52 km) e Lameirinha (10,84 km) em dupla passagem.
Ao todo, 13 classificativas, somando 13,44 km ao cronómetro.