O Mundial de Fórmula 1 regressa no próximo fim de semana a Portugal, para a sua segunda prova no Autódromo Internacional do Algarve (AIA). Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) fez história na edição do ano passado, ao conquistar o seu sétimo título mundial da modalidade, mas este ano a rivalidade com Max Verstappen (Red Bull Honda) promete fazer do Grande Prémio de Portugal mais uma prova bastante disputada e emocionante.

Apenas seis meses depois da estreia da Fórmula 1 no AIA, as restrições da pandemia voltaram a trazer a modalidade até ao nosso país, desta feita com uma diferença substancial nas bancadas – este ano estarão totalmente despidas de público, não recebendo qualquer benesse na fase de desconfinamento em que Portugal se encontra atualmente.

Na pista, porém, a emoção promete voltar a ser palavra de ordem, sobretudo tendo em conta os acontecimentos dos dois primeiros Grandes Prémios da temporada, nos quais Hamilton e Verstappen repartiram os louros da vitória no Bahrein e São Marino, respetivamente. Agora, no ondulante e elogiado circuito de Portimão, o duelo voltará a conhecer mais uma etapa, sendo de prever que a Red Bull e a Mercedes-AMG façam jogo muito semelhante.

A batalha poderá ser ainda apimentada pela ação dos respetivos companheiros de equipa, uma vez que Sérgio Perez (na Red Bull) e Valtteri Bottas (na Mercedes) também estarão empenhados em mostrar que podem também ter uma palavra a dizer na luta pelos triunfos. O arranque de temporada não foi particularmente empolgante para ambos – ainda que Bottas conte com um terceiro lugar na prova de abertura da temporada –, mas o circuito de Portimão poderá dar-lhes um novo alento.

Se é de esperar que aquelas duas equipas se mantenham na dianteira do pelotão com alguma margem – sobretudo em prova –, a luta atrás deverá ser bem interessante, com McLaren e Ferrari em boa forma a avaliar pelas prestações na corridas anteriores. Até aqui, a McLaren tem sido mais forte do que a Ferrari, com Lando Norris a conseguir um pódio em Imola, mas a prestação da equipa italiana este ano tem sido bastante melhor do que no ano passado, sendo de esperar que Charles Leclerc volte a estar numa posição forte. Os seus colegas de equipa, Daniel Ricciardo e Carlos Sainz também terão de dar um passo em frente nesta prova em termos de ambientação às suas novas equipas.

Logo a seguir ou com capacidade para se imiscuírem nesta batalha, a AlphaTauri, Alpine e Aston Martin também serão equipas a ter em conta na luta pelos pontos, havendo a incógnita da Williams, que esteve bastante bem em Imola.

Que pneus estarão à disposição das equipas?

Após duas corridas com a mesma escolha de compostos (C2, C3 e C4), o Grande Prémio de Portugal irá ‘apresentar’ o composto C1 (duro) na temporada de 2021, juntamente com o C2 (médio) e C3 (macio). É a mesma escolha que se verificou em 2020 e que que se justifica pelas exigentes características do circuito de Portimão.

Como é o circuito de Portimão?

Embora tenha sido inaugurado em 2008, Portimão é muitas vezes comparado a um circuito à moda ‘antiga’, com muitas mudanças de elevação e um traçado implacável. A pista é bastante larga, o que facilita as ultrapassagens e possibilita várias abordagens para as linhas das curvas.

Foto: Steven Tee / LAT Images / Pirelli Newsroom

Trata-se de um circuito bastante variado, com vários tipos diferentes de curvas e uma longa reta, que, em conjunto, fazem deste um bom teste geral às capacidades dos monolugares. Espera-se que os pneus sejam alvo de grandes cargas laterais e longitudinais, com várias travagens a fundo. A maioria das curvas são curvas cegas, o que aumenta o nível de dificuldade.

Por ter sido repavimentado antes do Grande Prémio do ano passado, a pista demonstrou fraca aderência, embora nesta edição o asfalto pode já ter amadurecido, o que proporcionará maior aderência.

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