Foi em 1897 que surgiram os primeiros táxis automóveis, veículos eléctricos popularmente conhecidos como Berseys, que tinham uma grande tendência para avariar e quatro anos depois deram lugar a uma variedade de automóveis. Para assegurar um serviço igual por todos os motoristas, em 1906 foram instituídas regras para uniformizar o nível mínimo de qualidade. Mas foi apenas em 1929 que surgiu o primeiro automóvel que se tornaria o preferido dos motoristas, o Austin 12/4. Passou a ser o modelo mais visto na cidade de Londres, tal era a sua popularidade como veículo de aluguer, e é o antepassado do táxi tradicional.
Este surgiu em 1948, e era construído por uma firma especializada, a Carbodies. Nunca foi obrigatório usar uma cor obrigatória, mas, para facilitar o processo de produção, o seu primeiro modelo, o FX3, vinha de fábrica já com o preto escolhido. E embora fosse possível trocar de cor, por um custo adicional, na prática era um extra desnecessário, principalmente para os donos de frotas. O preto vulgarizou-se e passou a ser a forma mais fácil de identificar um táxi. O termo “black cab” passou a ser usado pela população como sinónimo para um veículo de aluguer com motorista.
O preto permaneceu a cor oficiosa quando o FX3 deu lugar ao seu substituto, o FX4. Este passou a ser o táxi mais famoso da era moderna, construído de 1958 a 1998, com várias actualizações, para cumprir critérios anti-poluição e de segurança. Mesmo assim, era tão bom que manteve grande parte da base mecânica para a criação do moderno TX4. Nesta fase, a Carbodies também mudou de nome, passando a chamar-se London Taxis International. O FX4 e TX4 resistiram até à entrada no mercado de um rival, o Metrocab, lançado em 1987, mas cuja produção terminou antes do modelo mais icónico.