Prepara-se uma nova fase para a equipa sediada em Enstone, no Reino Unido, com a Renault a dar lugar à Alpine, numa mudança de estratégia por parte do Grupo Renault, que coloca a sua marca desportiva na maior plataforma de marketing que existe no desporto automóvel. O GP de Abu Dhabi, que se irá realizar este fim de semana no circuito de Yas Marina, marca então o final da participação da Renault enquanto construtora na modalidade (em nada influenciando os acordos de fornecimento de motores com outras equipas).
Para celebrar esse facto, Fernando Alonso irá regressar ao volante do seu monolugar campeão de 2005, o R25, antes do seu regresso à equipa em 2021. Será o regresso também do motor V10 à atividade naquele que foi um dos melhores carros de sempre da Renault, com oito triunfos na temporada de 2005 – entre Alonso e o seu colega de equipa, Giancarlo Fisichella.
Utilizado pela última vez numa demonstração em 2006, o R25 do título tem estado armazenado na coleção de clássicos da marca francesa desde então (Renault Classic), até que em 2018 foi colocado em vigor um esforço interno para restaurar o R25 para condições de utilização em pista. A ideia era ter o monolugar a postos para uma demonstração no Grande Prémio de França deste ano, mas a Covid-19 levou ao cancelamento desse plano, embora os eventos subsequentes – a contratação de Alonso para 2021 e a estratégia de trespassar a equipa da Renault para a Alpine – tenham sido motivo para colocar de novo o R25 em pista em Abu Dhabi.
O projeto continuou em outubro deste ano, com mais de 50 horas gastas na revisão do motor V10 na fábrica de Viry, tendo regressado à vida em meados de novembro, com um teste privado no circuito de La Ferté Gaucher, perto de Paris. Este será mais um motivo de interesse para os três dias do final da época de Fórmula 1.
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