Publicidade Continue a leitura a seguir

Sete ‘bestas ‘ que fugiram de Le Mans para a estrada

McLaren F1 GTR Nascido no início da década de 1990 pela criatividade de Gordon Murray, o McLaren F1 teve a seu cargo durante algum tempo o estatuto de carro de produção em série mais veloz do mundo. Foi também nas pistas que este produto da marca de Woking brilhou de forma evidente, participando no campeonato precursor do atual Mundial de Endurance, o BPR, ao lado de outros ícones como o Porsche 911 GT2 ou o Ferrari F40 Le Mans, e no FIA GT. Mas, mais importante, foi vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1995 com um GTR Longtail, com apenas três unidades homologadas para as estradas.
Ford GT40 Um dos incontornáveis. O Ford GT40 nasceu na década de 1960 como resposta da marca oval norte-americana à 'nega' de Enzo Ferrari à quase concluída venda da companhia de Maranello. Cancelado na fase final das negociações, o acordo viria a ser utilizado pela Ford como o 'rastilho' para uma vingança que culminou na produção do GT40, o rival dos Ferrari. Essa vingança foi 'servida' quatro vezes à marca italiana, com a Ford a vencer quatro edições consecutivas das 24 Horas de Le Mans entre 1966 e 1969. Mais recentemente, poder-se-ia incluir aqui o novo Ford GT, que também tem uma produção em série limitada.
Jaguar XKSS A variante de estrada XKSS marcou uma época na competição, derivando do D-Type que alcançou triunfos em Le Mans em 1955, 1956 e 1957. Ligeiro e potente por autoria de um motor de 3.4 litros com 250 CV, o XKSS tornou-se um marco de exclusividade e excelência automóvel. A sua lenda ficou ainda mais forte com o incêndio que, na noite de 12 de fevereiro de 1957, destruiu nove dos 25 carros que já tinham sido produzidos. Resolvendo fazer justiça ao passado, a Jaguar, agora sob comando da indiana Tata, decidiu em 2016 produzir os restante nove modelos em edições de continuidade que seguem de perto os preceitos dos originais.
Porsche 911 GT1 Também criado com o intuito de competir em Le Mans, o 911 GT1 foi o resultado da Porsche na construção de um modelo de pista com algumas ligações para a estrada. Apelidado 911 GT1 Straßenversion, este modelo contava com um motor boxer de seis cilindros de 3.2 litros com potência em redor 544 CV e 600 Nm. Produziram-se 22 unidades, as duas primeiras, de 1996, contam com faróis dianteiros ao estilo do 993, ao contrário dos restantes 20, produzidos em 1997, com os faróis do 996.
Ferrari 250 GTO Um dos carros mais bem-sucedidos da história da Ferrari é o 250 GTO, que espalhou elegância e glória nas pistas da década de 1960, fazendo uso do seu motor V12 de 3.0 litros. Uma das histórias mais curiosas deste Ferrari, hoje um modelo de colecionador, é da sua homologação em 1962, quando os regulamentos da FIA exigiam uma produção mínima de 100 exemplares para a categoria Grupo 3 de GT. Contudo, Enzo Ferrari apenas ordenou a produção de 39 exemplares, atribuindo às diversas unidades números de chassis alternados de forma a iludir a FIA e presumir assim a produção das tais 100 unidades. A FIA surgiu depois em Maranello para certificar-se da produção - o fundador da companhia italiana mandou que os seus carros fossem dispostos em diferentes localizações para assim passar a ideia de que os 100 modelos tinham sido, efetivamente, produzidos.
BMW M3 GTR (E46) Uma vez mais por questões de homologação, a BMW viu-se obrigada a conceber uma pequena série de modelos de estrada diretamente derivada das pistas. Assim, em fevereiro de 2001, a marca bávara deu o pontapé de saída para a produção de dez exemplares do M3 GTR, tendo sido o primeiro M3 a contar com um motor de oito cilindros em V de 4.0 litros. Para não deixar os seus créditos por mãos alheias, o M3 GTR dispunha de uma 'cura' de emagrecimento de 200 kg face ao M3 de série e o motor chegava aos 387 CV.
Mercedes-Benz CLK LM O 'ataque' da Mercedes-Benz a Le Mans fez-se com o CLK LM em 1998, modelo que tinha os argumentos todos a seu favor, como o potente motor V12 de 7.3 litros com mais de 700 CV de potência. Contudo, problemas de fiabilidade acabaram por ditar o abandono dos modelos da marca de Estugarda na prova. Empenhando-se ainda mais seriamente, voltou no ano seguinte com o evoluído CLR, que acabou por ficar para a história da competição pelos piores motivos. No entanto, foi preciso esperar até 1999 para que a Mercedes-Benz entregasse o mínimo de 25 unidades de estrada necessárias para homologação da FIA – existiu uma produzida em 1997 para fins também de homologação.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Com os carros de Le Mans prestes a ganharem uma silhueta mais aproximada às dos modelos que circulam nas estradas públicas, por deliberação da Autombile Club de l’Ouest (ACO), vale a pena recordar alguns dos carros que foram diretamente inspirados naquela que é mais representativa corrida de resistência do mundo, as 24 Horas de Le Mans.