Créditos: Jaanus Ree/Red Bull Content Pool
A diferença que um piloto pode fazer. O Citroën C3 WRC, que no ano passado apenas a espaços lutou pelo triunfo, parece ter ganho nova vida com a chegada de Sébastien Ogier. O campeão francês arrecadou mais um triunfo no Rali do México, o quinto naquela prova, enquanto Ott Tanak limitou as perdas para si e para a Toyota ao conseguir chegar ainda ao segundo lugar da prova mexicana.

Tendo chegado à liderança da prova no segundo dia, apenas por uma vez Ogier foi superado na liderança do Rali do México, não demorando sequer uma especial a recuperá-la (embora tenha contado com alguma sorte no desenrolar dos eventos). No final da competição, os 30,2 segundos de avanço sobre o estónio da Toyota mostram a sua competitividade e segurança num evento complicado para pilotos e máquinas.

No final, Ogier declarou que “o México é definitivamente um local especial para mim e estou bastante satisfeito por ter conseguido o quinto triunfo aqui e arrecadar o máximo de pontos para o campeonato”, ao mesmo tempo concedendo que “embora não tenha sido uma prova isenta de problemas, conseguimos controlar bem a situação do princípio ao fim”. O francês, campeão no ano passado com a M-Sport Ford, explica, ainda, que “o potencial que vi no C3 WRC continua a ser extraído”. Note-se que Ogier foi também o vencedor da Power Stage, pelo que garantiu o máximo de pontos possível no México.

Na segunda posição terminou Tanak, uma posição que chegou a parecer inacessível para o piloto da Toyota Gazoo, uma vez que a sua posição a abrir as especiais foi-lhe muito prejudicial na sexta-feira, perdendo aí um quinhão de tempo que foi recuperando no sábado e no domingo. Tanto que Elfyn Evans (M-Sport Ford), que tinha vindo a ser o principal rival de Ogier desde sexta-feira, não conseguiu resistir à velocidade o Yaris WRC e terminou a prova a 19,2 segundos do segundo classificado.

Sombra de si mesmo, Thierry Neuville terminou em quarto com o melhor dos Hyundai i20 WRC, tendo participado no Rali do México doente e com dificuldades face ao calor e altitude das especiais mexicanas. Atrás de si terminou outro Toyota, o de Kris Meeke, que optou por uma jogada estratégica de poupança dos pneus para tentar vencer a Power Stage. Como já atrás foi referido, tal coube a Ogier.

Em sexto, aparece o melhor dos WRC2, neste caso o Skoda do piloto da casa, Benito Guerra, que mostrou competitividade para um ótimo resultado, embora seja de mencionar que este sexto posto deve muito aos problemas alheios, como os de Jari-Matti Latvala (Toyota), que abandonou no segundo dia e regresso no formato Rally 2 para chegar ao oitavo posto, logo atrás de Marco Bulacia, noutro Skoda. Apenas 4,4 segundos separaram os dois pilotos no final, mas um radiador partido no Yaris do finlandês na Power Stage não ajudou à sua causa.
  1. Ogier / Ingrassia (Citroën C3 WRC) 3:37:08.0
  2. Tänak / Järveoja (Toyota Yaris WRC) +30.2
  3. Evans / Martin (Ford Fiesta WRC) +49.9
  4. Neuville / Gilsoul (Hyundai i20 WRC) +1:27.0
  5. Meeke / Marshall (Toyota Yaris WRC) +6:06.2
  6. Guerra / Zapata (Skoda Fabia R5) +15:35.5
  7. Bulacia Wilkinson / Cretu (Skoda Fabia R5) +18:51.5
  8. Latvala / Anttila (Toyota Yaris WRC) +18:55.9
  9. Sordo / Del Barrio (Hyundai i20 WRC) + 22:44.1

CAMPEONATO DE PILOTOS

  1. Ott Tänak – 65 pontos
  2. Sébastien Ogier – 61
  3. Thierry Neuville – 55
  4. Kris Meeke – 35
  5. Elfyn Evans – 28
  6. Esapekka Lappi – 20
  7. Sébastien Loeb – 18
  8. Jari-Matti Latvala – 14
  9. Andreas Mikkelsen – 12

CAMPEONATO DE CONSTRUTORES

  1. Toyota Gazoo Racing – 86 pontos
  2. Citroën Total WRT – 78
  3. Hyundai WRT – 77
  4. M-Sport Ford WRT – 45