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Caixas de velocidades: Mais de 100 anos sempre a mudar de forma

Laurin & Klement Voiturette A (1906) Ainda no tempo da Laurin & Klement, destaque para o Voiturette A de 1906, um modelo dos primórdios do automóvel e cuja alavanca da caixa de velocidades se situava no lado direito do condutor, juntamente com o travão de mão (a alavanca mais distante do volante). O carro contava com três velocidades para diante e uma para marcha-atrás.
Laurin & Klement Sg (1913) Com o progresso dos tempos, os habitáculos começaram a tornar-se espaços fechados, embora também mais exíguos, pelo que a solução era muitas vezes a colocação das alavancas da caixa de velocidades e do travão de mão fora do habitáculo. Eis o caso deste Sg da Laurin & Klement.
Laurin & Klement Skoda 110 (1929) Na década de 1920, com os carros a ficarem mais confortáveis e os interiores a ganharem mais espaço, a alavanca da caixa foi 'recolhida' para o interior. Na Checoslováquia de então guiava-se pela esquerda, pelo que os carros tinham o volante à direita, com a caixa de velocidades no meio dos dois lugares da frente.
Skoda Popular Monte Carlo (1937) A grande maioria dos carros da década de 1930, como este Popular Monte Carlo Coupé, contavam com caixa manual de três velocidades. No entanto, os carros mais luxuosos contavam já com caixas de quatro velocidades. O diagrama de engrenagem das velocidades começou a surgir nas alavancas nesta época.
Skoda Octavia (1960) O nome Octavia na gama atual não é novo, sendo uma evocação deste modelo histórico para a marca checa. Aqui, já na decáda de 1960, a alavanca da caixa transitou de lugar e e de formato, passando a ser incluída na coluna de direção num esforço para aumentar o conforto dos ocupantes ao dar-lhes bancos mais largos e confortáveis...
Skoda 1000 MB (1966) … Mas essa tendência não durou muito, já que na mesma década o 1000B trouxe de novo a alavanca da caixa para o chão, desta feita de forma definitiva.
Skoda 125L (1989) Uma pequena revolução: o Skoda 105/120/130 abandonou a antiga 'bola' redonda no topo da alavanca, feita em plástico duro, para passar a adotar de forma gradual um punho mais macio feito em poliuretano e o esquema de passagens de caixa era explicado numa etiqueta colocada no para-brisas. Em 1985, o Skoda 130 foi o primeiro da marca a ter cinco velocidades.
Skoda Octavia (1996) Outra novidade importante. Agora que estava já plenamente integrada no Grupo Volkswagen, os progressos da companhia germânica começaram a ser utilizados também na Skoda. Aqui, em 1996, o Octavia passava a contar com uma caixa automática de quatro velocidades.
Skoda Karoq (2018) Os tempos modernos. Na Skoda, as opções agora variam entre caixas manual de cinco ou seis velocidades e automáticas de seis ou de sete velocidades. Algumas dessas caixas são produzidas pela própria Skoda em Mladá Boleslav e Vrchlabí. Como curiosidade, as caixas DQ 200 são consideradas os pináculos da tecnologia atual na marca: com 352 componentes, contam com duas embraiagens e conseguem passar de relação em milésimos de segundo.

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Foi longo o caminho percorrido pelas caixas de velocidades desde a sua origem até aos dias de hoje. O seu comando, hoje cada vez mais orientado para o formato automático em vez do manual, também se foi alterando com os tempos.

Com o recurso ao museu da Skoda, façamos uma viagem pelo tempo às formas de engrenar mudanças. O facto de se recorrer à marca checa prende-se com a condição de ser uma das mais antigas ainda em atividade, o que permite desta forma uma comparação mais evidente.