Se a marca italiana já havia garantido ter como objetivo salvaguardar o seu V12 pelo máximo de tempo possível, agora foi também a vez de a Aston Martin confessar-se empenhada em continuar com o seu V12 como “coração” da marca.
A afirmação é de Marek Reichman, vice-presidente e CEO da Aston Martin Lagonda, em entrevista à Top Gear no Salão de Xangai, onde a marca de Gaydon revelou o seu Rapide E, desportivo 100% elétrico que revela o compromisso da companhia para com a mobilidade elétrica.
No entanto, o V12 parece ter um ‘canto’ especial na gama da Aston Martin: “Está a ficar cada vez mais difícil cumprir com as emissões, obviamente, mas penso que temos a capacidade para manter os motores V12 no nosso negócio”, referiu Reichamn, adiantando que “apenas temos de estar bastante conscientes da conformidade e das regras de emissões que vão surgir no futuro.
Atualmente, a Aston Martin conta com dois modelos munidos com motor V12 bi-turbo de 5.2 litros, o DB11 e o DBS Superleggera, esperando-se ainda a chegada do hiperdesportivo Valkyrie, desenvolvido em parceria com a Red Bull Advanced Technologies, este último com um sistema híbrido que recorre a um V12 da Cosworth e a um motor elétrico de 160 CV.
“O V12 é um dos corações do que somos”, garantiu Marek Reichman. Ainda assim, aquele executivo não vê a eletrificação como um entrave para o objetivo de oferecer prestações extraordinárias na Aston Martin: “Dissemos que no futuro da Aston Martin em meados de 2020 teremos uma solução híbrida para todos os nossos carros. Obviamente, esta é a primeira vez que estamos a mostrar um 100% elétrico [Rapide E]. Pode ser que, nalgum momento, parte da gama da Aston Martin seja elétrica e a outra seja híbrida e talvez existam ainda os turbilhões do mundo, que são os V12 atmosféricos. Mas, há sempre a possibilidade de um BEV mais veloz. Somos uma companhia de carros desportivos. Queremos sempre ir depressa”, completou.
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