Ano novo, fôlego renovado para dois dos modelos mais importantes da gama Fiat, o 500 e o Panda, que passam a contar com um sistema micro-híbrido acessível e eficiente para melhorar as suas emissões poluentes e os consumos de combustível.
Enquanto não chega a próxima geração do 500, que será 100% elétrica (produzido em Turim, Itália), a marca transalpina vai aprimorando a receita dos seus atuais modelos de grande importância, o 500 e o Panda, que estarão disponíveis numa única série especial, “Launch Edition”. Este estreia sistema micro-híbrido que conjuga um novo motor a gasolina de três cilindros com 1.0 litro de cilindrada, 70 CV e 92 Nm (às 3500 rpm) da família FireFly e um motor elétrico BSG (Belt-integrated Starter Generator) de 12 volts e uma bateria de lítio.
Em comparação com o 1.2 Fire de 69 CV, a versão mild hybrid reduz as emissões de CO2 mantendo níveis semelhantes de performances e aumentando o conforto de utilização, graças ao sistema BSG, que possibilita funcionamento mais refinado do motor de combustão interna nos momentos após a saída de ‘cena’ do sistema Stop&Start.
A cabeça do motor dispõe de duas válvulas por cilindro e de uma árvore de cames com variação de fase contínua (comando da distribuição por corrente). A estrutura inclui uma câmara de combustão compacta, condutas de admissão de elevada turbulência e válvula EGR (Exhaust Gas Recirculation) externa, proporcionando uma taxa de compressão particularmente elevada (12:1), que se traduz em melhor eficiência térmica. O bloco do motor, desenvolvido em colaboração com a Teksid, é construído em liga de alumínio fundida a alta pressão com camisas dos cilindros em ferro fundido para diminuir o tempo de aquecimento e reduzir o peso do motor a apenas 77 kg. Adicionalmente, o atrito é atenuado através de um mecanismo de manivela com relação de diâmetro/curso de 1.24 e dispositivo biela/manivela com deslocamento de 10 mm para maximizar a eficiência.
O sistema BSG está montado diretamente no motor e é ativado pela correia que também comanda os órgãos auxiliares. O sistema recupera energia nas fases de travagem e desaceleração, armazena-a numa bateria de lítio com capacidade de 11 Ah e utiliza-a, a uma potência máxima de 3600 W, para voltar a ligar o motor em modo Stop&Start e para prestar assistência nas fases de aceleração.
Esta tecnologia permite desligar o motor de combustão interna a velocidades inferiores a 30 km/h simplesmente mudando a alavanca de velocidades para ponto morto (o painel de instrumentos, que exibe informação sobre o sistema híbrido, aconselha o condutor sobre o momento mais adequado). Em modo de movimento por inércia, a bateria de lítio alimenta todas as funções.
Este sistema está acoplado a uma caixa manual de 6 velocidades C514 (caixa de velocidades transversal, tração dianteira) com conteúdos destinados a realçar a facilidade de manobra e melhorar a eficiência, incluindo rolamentos e guarnições de baixo atrito, líquido lubrificante específico de elevada eficiência e inédita relação da 6ª velocidade que otimiza a poupança de combustível na condução extraurbana. Também o conforto foi levado em conta através da otimização do sistema de apoio da caixa de velocidades. Por fim, o novo sistema levou a baixar a posição do motor em 45 mm para melhorar o comportamento em estrada graças ao centro de gravidade mais baixo.
Interior ecológico
A série especial dos dois modelos pode ser reconhecida pela inscrição “Hybrid” na traseira e pelo logótipo “H”, formado por duas gotas de orvalho. O orvalho – símbolo da luz da aurora e, logo, do início de uma nova era – serviu de inspiração à nova e exclusiva cor externa “Verde Gota de Orvalho”. No interior, os estofos dos bancos da “Launch Edition” são os primeiros no setor automóvel a serem parcialmente fabricados com fio Seaqual, cuja tecelagem dá origem a um material especial, certificado pela Seaqual Initiative, derivado de plástico reciclado, 10% do qual proveniente do fundo do mar e 90% de origem terrestre.
O 500 e o Panda Hybrid Launch Edition poderão ser encomendados em Portugal a partir de março.