A utilização da plataforma MQB (que é partilhada com o Golf VIII) proporciona uma maior distância entre eixos e deu liberdade aos designers para projetar uma carroçaria nova, arrojada, mais aerodinâmica e que pode acomodar até sete pessoas. A partilha de componentes não se fica por aqui, e também o tablier é familiar do “primo” afastado Golf, com o Digital Cockpit a assumir o papel de destaque, sendo possível optar por um painel de instrumentos digital, e ecrãs de infoentretenimento entre 6,25 e 10 polegadas.
As novidades são tantas que a versão de passageiros (MPV) pode ser uma alternativa aos SUV e monovolumes para uma utilização polivalente. Comecemos pelo espaço disponibilizado: de série contemplam cinco lugares, mas opcionalmente podem ser sete, sendo que os dois lugares extra podem retirados, mediante a necessidade. A vantagem é que mesmo na configuração de 7 lugares ainda sobra um espaço de carga considerável, ao contrário do que acontece nos SUV, e monovolumes. O conforto para o condutor está ao nível de uma viatura do segmento C com todas as ajudas à condução: são 19 ao todo, das quais 5 são novas. Destacamos o “travel assist”, “Lane Assist” e o “Adaptive Cruise Control”, entre outros, que em conjunto com a caixa automática DSG elevam o modo de condução autónoma para o nível 2. Os sensores capacitivos exigem que as mãos do condutor continuem a tocar no volante, que se não forem detetadas acionam protocolos que em última instância imobilizam o veículo. O novo Caddy consegue desta forma em situações de trânsito a 50km/h parar ou arrancar tendo em conta o veículo à sua frente, manter-se na sua faixa de rodagem ou até mesmo acompanhar as curvas de uma autoestrada ou via rápida, o primeiro a fazê-lo no segmento.
Apesar de tudo o Caddy continua a ser um furgão de trabalho, e essa função não podia ser esquecida. Como tal, em Portugal existem dois tipos de carroçaria: Cargo, e Cargo Maxi (com espaço suficiente para transportar até duas europaletes), com 2 ou 3 lugares, motor 2.0 TDI com três níveis de potência – 75, 102 e 122 cv –, caixa manual de 6 velocidades ou transmissão DSG de 7 velocidades, e três linhas de equipamento: Cargo, Cargo Business e Kingcab Business. A carroçaria Maxi, mais longa, estará disponível em abril. No que toca ao equipamento, o exterior do Caddy caracteriza-se por uma série de novas funcionalidades. Estas incluem, como opções, o auxílio elétrico de fecho das portas de correr e portão traseiro, além de um teto panorâmico com uma grande superfície vidrada, que se estende por cima da primeira e segunda fila de bancos. Novidade são também as jantes em liga leve até 18 polegadas e, nos níveis de equipamento das versões superiores, novos faróis e luzes traseiras em LED.
O Caddy também oferece pela primeira vez o sistema de ignição e bloqueio sem chave. Na fase de lançamento estão disponíveis três motores turbodiesel (TDI) 2.0 litros de última geração, com potências de 75 cv (55 kW), 102 cv (75 kW) e 122 cv (90 kW). O motor de 75 cv está reservado para o Caddy Cargo, o Caddy Cargo Maxi e as versões de distância entre eixos curta. Os dois motores TDI mais potentes estão disponíveis para todas as versões do novo Caddy. Além disso, há um motor turbo a gasolina (TSI) de 1,5 litros da mais recente evolução, com uma potência de 114 cv (84 kW) e gestão ativa dos cilindros (ACT), também para todas as variantes do Caddy. Mais tarde, haverá um motor turbo CNG/gás natural de 1,5 l (TGI, que debita 103 cv/96 kW), e um sistema de acionamento híbrido plug-in (eHybrid) com transmissão DSG. Criado em 1978 nos EUA, o Caddy vai agora na 5ª geração com uma oferta tão ampla que pode mesmo ser furgão de carga, um monovolume familiar, um shuttle para turismo ou uma autocaravana. Os preços no mercado nacional começam nos 17.430 euros (Cargo) e 25.852 euros (MPV) mais IVA.
