Se o grande tema do momento é o das emissões, a Opel reage com uma renovação da gama do Astra, conseguindo baixar as suas emissões de CO2 em 19% face ao anterior modelo. Tirando partido do seu conceito base de baixo peso (menos 200 kg que o antecessor), o Astra evolui agora ao abrigo de uma estratégia para equipar o seu modelo compacto com uma nova geração de modernas motorizações a gasolina e a gasóleo.
Os novos motores 1.2 e 1.5 de três cilindros apresentam potências que vão de 105 a 145 CV e dotam os Astra de cinco portas e carrinha Sports Tourer de novos argumentos para uma batalha feroz contra as emissões poluentes que a partir do próximo ano terão um peso ainda maior na Europa.
Estes novos motores de três cilindros têm construção em alumínio e promete, de acordo com a marca, suavidade de funcionamento, recorrendo a um veio de equilíbrio que gira em rotação oposta à da cambota para a contenção das vibrações. A versão de base surge com caixa manual de seis velocidades. Em opção, o Astra pode ser equipado com caixa automática de nove velocidades – uma estreia na Opel – ou com uma caixa CVT com sete velocidades programadas (associada apenas ao motor 1.4 Turbo).
Equipado com as mais recentes tecnologias de redução de emissões, como o filtro de partículas GPF nos motores a gasolina e catalisador de redução seletiva nos propulsores Diesel, todos os novos motores do Opel Astra já cumprem a norma de emissões Euro 6d, que entra em vigor em 2021 para veículos novos matriculados.
Os compactos motores a gasolina, com três cilindros, têm potências de 110 (195 Nm de binário), 130 (225 Nm de binário) e 145 CV (225 Nm de binário) no caso dos 1.2 Turbo e também de 145 CV no caso do 1.4 Turbo (com caixa CVT), diferenciando-se pelo binário de 236 Nm obtido num regime mais baixo (1500 rpm contra as 2000 rpm dos demais). As motorizações 1.2 Turbo surgem com caixa manual de seis velocidades. Os dados WLTP do 1.2 Turbo de 110 CV regista consumos de 5,2-5,5 l/100 km e emissões de 120-127 g/km de CO2, enquanto o 1.4 Turbo tem valores anunciados de 5,7-5,9 l/100 km nos consumos e entre os 132 e os 136 g/km de CO2 nas emissões.No campo dos Diesel, o novo bloco 1.5 turbodiesel de três cilindros apresenta-se em versões de 105 e 122 CV, com binários máximos de 260 Nm e 300 Nm, respetivamente. O sistema de injeção de combustível ‘common rail’ consegue funcionar a pressões até 2000 bar. A versão mais potente pode ser associada a caixa manual de seis velocidades ou automática de nove.
Os motores turbodiesel da nova série Astra possuem turbocompressor de geometria variável e acionador elétrico. Tal como nos blocos a gasolina, os Diesel também têm veio de equilíbrio e a mesma configuração de coletor de escape integrado na cabeça do motor.
O evoluído sistema de tratamento de gases de escape dos novos Astra 1.5 Turbo D conta com catalisador passivo de oxidação, catalisador de redução seletiva SCR com injeção de AdBlue e filtro de partículas Diesel (DPF). Face a estas evoluções, os consumos em ciclo WLTP variam entre os 4,4 e os 4,7 l/100 km para emissões de CO2 de 117 a 124 g/km para o 1.5 Turbo D de 105 CV. O mais potente com caixa automática varia entre os 4,9 e os 5,3 l/100 km nos consumos e os 130 e os 139 g/km nas emissões de CO2.
O trabalho meticuloso desenvolvido em túnel de vento resultou num apuramento aerodinâmico que dá contributo decisivo para a redução de consumos e emissões, surgindo agora como um dos automóveis compactos mais aerodinâmicos disponíveis no mercado. A Sports Tourer dispõe de um coeficiente de apenas 0.25 Cd, sendo uma das carrinhas mais aerodinâmicas do mundo, ao mesmo tempo que a variante de cinco portas se situa entre os melhores ‘hatchback’, com 0.26 Cd.
A evolução do Opel Astra no capítulo da aerodinâmica foi obtida com variadas medidas, nomeadamente a inclusão de carenagem no compartimento do motor, braços da suspensão traseira com formato defletor e uma cortina integral na grelha dianteira. As secções superior e inferior da grelha do Astra abrem e fecham automaticamente, de forma independente, conseguindo, assim, otimizar o fluxo de ar. O trabalho realizado sob o automóvel destinou-se, sobretudo, a minimizar a turbulência.
O chassis do Astra também foi evoluído. Os amortecedores possuem configuração diferente a pensar no conforto, enquanto na variante desportiva, a Opel optou por um amortecimento mais ‘duro’, com direção mais direta e ligação Watts no eixo traseiro.
A nova série Astra de 2019 destaca-se também com novas câmaras dianteira e traseira, velocímetro digital e novos sistemas de informação e entretenimento (destacando-se na versão topo de gama MultiMedia Navi Pro com ecrã tátil de oito polegadas o sistema de navegação com informações de trânsito em tempo real e atualizações de mapas ‘on line’), além de funcionalidades como os faróis LED IntelliLux, cruise control adaptativo, indicador de distância para o veículo da frente, alerta de colisão dianteira iminente com travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito e sistema ativo de manutenção de faixa, entre outros. A nova câmara dianteira tem menores dimensões mas é mais potente, contando com um processador mais rápido. Identifica veículos e peões, conseguindo também distinguir um maior número de sinais de trânsito, exibindo-os no painel de instrumentos.
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