Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP. Créditos: António Pedro Santos/LUSA
Marcas de automóveis lamentam que não haja programa de incentivo à troca de carros mais antigos. Idade média do parque é de 12,6 anos.

“As declarações podem resultar de um desejo do senhor ministro mas não têm qualquer correspondência com a realidade.” Este é o comentário da ACAP – Associação Automóvel de Portugal às declarações do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, sobre a descida do valor de troca dos carros a gasóleo nos próximos quatro ou cinco anos e que foram proferidas em entrevista à Antena1 e Jornal de Negócios.

“A indústria automóvel está fortemente empenhada na redução de emissões dos veículos. A prova deste compromisso, é de que 40% dos novos modelos anunciados para 2021, já terão a opção da motorização elétrica. Todavia, esta transição irá ser feita de forma gradual”, refere Helder Pedro, secretário-geral da ACAP, em declarações ao Dinheiro Vivo.

Em Portugal, os carros a gasóleo continuam a ser os mais vendidos mas a tendência é de descida e os números de 2018 confirmaram-no na semana passada. No ano passado foram registados 121 591 automóveis ligeiros de passageiros com este motor, menos 10,4% face a 2017. Isto traduziu-se numa quota de mercado de 53,25%; só em 2003 é que se tinha registado uma percentagem tão baixa. Em 2017 o gasóleo representava quase 61% do mercado, segundo os dados publicados pela associação na semana passada.

LEIA MAIS SOBRE ESTE TEMA NO SITE DO DINHEIRO VIVO

Por Diogo Ferreira Nunes/Dinheiro Vivo